sábado, 15 de fevereiro de 2014

POEMA:









Poema:

POEMA-ALMA-LAVADA…

Minha palavra é uma língua a beijar silêncios,
numa folha de papel em branco
onde partilho sonhos
do-espaço- das -ausências.

*

Navega em rotas de compridos caminhos da solidão
e move-se pelo mundo, quando as estrelas se apagam,
rompendo as madrugadas , em pontos de exclamação.

*

Vai pelo mapa dos ventos e descobre planaltos densos
onde, seres diáfanos, mágicos e distintos, voam
nas asas das borboletas ausentes, desinibidas.

*

Segue pelas ondas do mar a despertar espumas que não cessam de correr,
nem param de rumorejar no marinho mistério-a-ser.

*

Pára na minha nudez, por entre margens de rios silvestres,
a construir o caminho que as leva a continentes agrestes.

*

Segue pelo tempo, na esperança das brisas do vento
que são seu leito,
no contentamento do poema que vai-nascendo,
na minha aparente mudez.

*

Minha Palavra é, enfim, luz dos olhos verdes do mar,
perdida nas mãos que não param de sonhar…

…é entidade vital, minha e tua…

…sobe e desce pela calçada pisada e nua…

…atravessa a luz das estrelas espalhadas pela alma


perdidas e logo achadas no
mansinho do caminho dos verdes raios da lua


onde paira num Poema-de-alma-lavada,
acabado de nascer…

Maria Elisa R. Ribeiro

(Marilisa Ribeiro)
REG-Agt/013-MSG/12N

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