quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

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SONHO NA REALIDADE?

Dói a noite.Dói a tua ausência.
Há um silêncio tormentoso,
Na demência do RECORDAR…
…AMOR E DESAMOR!

Oiço o rio deslizar
No desfiladeiro! Fluxo rápido…
Recorda o TEMPO dos rumores de outros sabores…
Um trovão fere os sentidos.
Eu desfilo, lentamente, pelos meus (muitos…) interiores.
Quase ausente…’inda dormente…sempre PRESENTE!

Abandono-me ao casulo onde me refugio…
…minha concha da imaginação…
…pertinho do coração!
Será aí que reside a ALMA que te chama…em aflição?

Sinto as mãos que me afagaram…
…os beijos que me queimaram…
…os olhos que enterneciam…
…os braços que me tremiam…

Cheira-me a casa a jasmim,
Que acendia para ti…

És hoje um terreno íngreme, recoberto pela densa mata,
Que me serve de companhia, no telurismo da data
Que recordo, no meu dia…
Teu hálito quente fazia deslizar o orvalho em mim…
Eras o meu bailado…meu ácido corrosivo…
…MEU CALOR DEVASTADOR!

Arde, ainda e sempre, o FOGO-NA-MINHA-LAREIRA…
O que estava à tua beira…
…o que REACENDIAS, ao ritmo – do-teu-BEM-QUERER!

Mas a floresta…essa, emudeceu…
…nunca mais sorriu igual…
…teima em esperar tua semente,
No seu solo virginal…

ESTOU SÓ, com meu corpo…com os meus dedos
Que aperto, em vão…na tristeza da SOLIDÃO.

Tristeza onírica! A VIDA mudou…

Ventre para cima, preciso de te beijar…
…de sentir que és em mim, numa loucura, sem fim…
…que não consigo esquecer…SOU MULHER…

“Sente…faz assim…beija-me, sem fim…
…perde-te nas minhas veias,
Alamedas abertas às tuas mãos…
Sem correntes nem segredos…quentes de DOER…

No ar escuro, um ponto luminoso
Lembra-me de quando fumavas teu cigarro…saboroso…
Vi pontinhos a brilhar, que pareciam estrelas belas…
Contentes…
E quis guardá-las em vasos especiais,
Tais os momentos que acabo de viver…”

As MULHERES são assim, amor…
…tudo tem um significado especial…

UM cheiro a perdição de AMOR, fica aqui,
Sentado, a esperar pelo nosso voltar…


SONHO…VERDADE, AMOR?


C10-(mqc)-15-JAN/011

4 comentários:

  1. Hoje estou tão assim, sensível que teu poema me fez chorar, porque dói-me uma ausência... porque trago comigo uma saudade...
    Este poema neste momento me encaixou como luva feita sob medida.
    Abraços, minha amiga

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  2. MALU, minha querida...não correu bem?
    Fala, pelo mail, se precisas de falar!
    Beijinho amigo!
    MARILISA

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  3. "Dói a noite.Dói a tua ausência.
    Há um silêncio tormentoso,
    Na demência do RECORDAR…2

    B E L Í S S I M O!

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  4. DANIEL silva(Lobinho)
    OBRIGADA PELAS TUAS OBSERVAÇÔES!
    Beijo
    MARILISA

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