sábado, 30 de março de 2024

POEMA






 TEIA DE ARANHA

É por uma estrada quase-teia-de-aranha que vou ter a
um pátio interior onde a sombra protege insectos
em busca de sumos de flor, que não morreram ainda.
Vem de ti o nosso sumo de flor!
Uma água profunda e lisa, pura e incolor, rodeada de vegetais
plantas e ervas
convida a nostalgia a mergulhar até às pedras azuis
solitárias,
como ilhas de Outros espaços exteriores.
Abelhas em roda de musgos e flores leves tal raios de lua
dormem no silêncio da via trémula e aromática com
um olhar sôfrego e brilhante...
No belo pátio interior te espero
aos pés dos mais doces aromas,
como fazem as flores, à espera dos sumos-amores.
A água rumoreja na vida do rio que a protege.
As folhas das plantas e flores transpiram outros rumores...
...simples flores ......... simples rumores ......... simples e doces aromas...
Chega a noite.
Os lábios azuis do onírico pássaro azul
________ elevam-se para o firmamento,
juntam-se às estrelas cadentes e a sua Hora repousa
enquanto se enrolam numa confusão de constelações.
Nós dois, enrolamos os dedos, sentimos o sangue a correr
e guardamos o pátio interior das nossas juvenis alucinações.
©Maria Elisa Ribeiro
Todos os direitos reservados
2021

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