sexta-feira, 1 de julho de 2022





 POEMA:


DO MEU PEITO-IMENSO-MAR

Na minha mão,
o tempo dos gerânios e de todas as flores
dos oásis perdidos,
no eco dos espaços dos comandos do Tempo…

Nas veias, um sulco do gosto de ti
…………………………………………..a viajar-por-mim.

Altos mastros rumo a altos mares, com o mundo a correr
sem que eu queira acordar no meio do destino,
esse comando sem controlo onde nada domino,
porque apenas faço de conta.

Na minha mão perduram, vivas,
……………………………….as palavras que insistem em te viver,
………………………………quando chegam as madrugadas,
………………………………que vêem as noites-a-chegar

.
São como crisálidas prontas -a-renascer
……………………………na primavera que sinto ser forçada-a-escrever………………

O relógio do Tempo bate em paredes ocas,
…que vão amarelecendo ao ritmo da passagem dos dias
…que andam pelo coração dos poemas
perdidos, nas sílabas-das-pétalas das manhãs loucas.

E eu páro…
…páro para te dizer que sou capaz de te escrever…de te descrever…
…de lembrar como foi-bom-ser-em-ti-contigo,
no conchego dos braços do mundo que te libertaram
no meu peito-imenso-mar, teu leito-a-perdurar.

E sinto meus dedos na tua pele quente…
…cera-quente-em-papel-poema de quando a lua se alheia
para que te seja difícil partir…para te ser mais fácil voltar…

E recordo…
…era assim…lembras-te? meus dedos soltos nos teus cabelos…
…perdidos por todos os lados de ti…
…e o mundo ardia Lá fora-Cá dentro…

….monossílabos-pele de um poema do sorriso do tempo…

Maria Elisa Rodrigues Ribeiro
JUNHO/2014

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