segunda-feira, 11 de julho de 2022




 INTRODUÇÃO

 

Jean Jacques Rousseau nasceu em Genebra, na Suíça, em 28 de Junho de 1712 e faleceu em 2 de Julho de 1778, com 66 anos de idade. Era filho de um relojoeiro e ficou órfão de mãe muito cedo, sendo criado pelos tios. Com 16 anos, abandonou Genebra e foi para Annecy, Reino da Sardenha, onde passou a viver numa espécie de pensionato para jovens. Aí se converteu ao catolicismo (era protestante de origem) e completou sua formação humanística.

Em 1741, com 29 anos, mudou-se para Paris, onde passou a se manter dando aulas de música e copiando partituras, atividade que exerceria até o fim da vida. Rousseau publicou textos sobre música, inclusive um dicionário especializado, e teatro; compôs duas óperas, sendo que uma delas chegou a ser representada para Luís XV. Seus estudos analisaram o conhecimento da natureza humana através da reconstrução do processo que permitiu o estabelecimento da sociedade.

À escola, segundo Rousseau, cabia o papel do Estado e a mesma não deveria ser religiosa, mas, leiga, estando livre para os sentidos e para a razão de uma educação popular. O processo pedagógico que Rousseau desenvolve, está totalmente relacionado ao conceito de liberdade. Rousseau expõe um modelo de educação para crianças com métodos bem diferentes daqueles tradicionais existentes em sua época.

Embora Rousseau estivesse se preocupado a vida toda com o problema da educação, não se pode dizer que foi um educador, era mais um filósofo, o filósofo iluminista precursor do romantismo do século XIX.

EDUCADOR OU FILÓSOFO?

É possível afirmar que Rousseau provocou uma revolução, ou seja, tirou o professor do centro dos interesses pedagógicos e em seu lugar colocou o aluno. Segundo ARANHA (1996), Rousseau provocou uma revolução copernicana na pedagogia. Assim como Copérnico inverteu o modelo astronômico, retirando a terra do centro, Rousseau centralizou os interesses pedagógicos no aluno, não mais no professor.

Como admirador da natureza, Rousseau quer retomar o contato com as plantas, os animais e fenômenos físicos, além de valorizar a experiência, a educação ativa voltada para a vida, para a ação motora que é a curiosidade.         O desenvolvimento afetivo dos adultos para com as crianças, na França do século XVIII, era algo que necessitava de intervenção.

A visão social da época tinha a criança como um “adulto em miniatura” e as mesmas tinham que começar a trabalhar muito precocemente, até mesmo a se vestirem como adultos, e, consequentemente, participando inclusive das festas que somente adultos participariam.

A educação natural se presume na recusa ao intelectualismo, ou seja, a pessoa não se reduz ao intelecto – razão, mas também na razão sensitiva como delimitou Platão em sua teoria do Mundo dos Sentidos. Dentre as críticas atribuídas a Rousseau está a de propor uma educação que não estimula o contato entre os homens.  “O ato pedagógico pode, então ser definido como uma atividade sistemática de interação entre seres sociais, tanto no nível intrapessoal como no nível da influência do meio”, sobretudo este com a participação ativa do educando. Conclui-se que a educação de Rousseau constitui um marco para a pedagogia contemporânea, especialmente no que diz respeito aos estatutos da Escola Nova.

Sem comentários:

Enviar um comentário