Mosteiro de Alcobaça
Mosteiro de Alcobaça | |
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Fachada barroca da Igreja da abadia | |
Nomes alternativos | Real Abadia de Santa Maria de Alcobaça |
Tipo | Mosteiro |
Estilo dominante | Gótico, Manuelino, Maneirismo, Barroco |
Início da construção | século XII |
Inauguração | 1252 (sagração) |
Diocese | Patriarcado de Lisboa |
Sacerdote | Bispos auxiliares: D. Joaquim Mendes; D. Nuno Brás; D. José Traquina |
Website | mosteiroalcobaca.pt |
Património Mundial | |
Critérios | C (i) (iv) |
Ano | 1989 |
Referência | 505 en fr es |
Património Nacional | |
Classificação | Monumento Nacional |
Ano | 1910 |
DGPC | 70185 |
SIPA | 4719 |
Geografia | |
País | Portugal |
Cidade | Alcobaça |
Coordenadas |
- Nota: Esta página diz respeito aos edifícios e às instalações do Mosteiro de Alcobaça. Se procura informação sobre a organização da abadia, a história, o seu território e a sua senhoria, consulte a página Abadia de Alcobaça
O Mosteiro de Alcobaça, também conhecido como Real Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça (o seu nome oficial na Congregação de Alcobaça que chefiava), é um mosteiro situado na cidade de Alcobaça, no distrito de Leiria na região do Centro, em Portugal.[1]
É a primeira obra plenamente gótica erguida em solo português, tendo sido começada a sua construção em 1178 pelos monges da Ordem de Cister.[2]
Está classificado como Património da Humanidade pela UNESCO desde 1989 e como Monumento Nacional português desde 1910.[3][4] A 7 de julho de 2007, foi eleito como uma das Sete Maravilhas de Portugal.
Em 1834 os monges foram forçados a abandonar o mosteiro, na sequência do decreto de supressão de todas as ordens religiosas de Portugal, promulgado por Joaquim António de Aguiar, ministro dos negócios eclesiásticos e da justiça do governo da regência de D. Pedro, Duque de Bragança.
História
Em finais do século X organizou-se em Cluny, na Borgonha, um novo mosteiro beneditino que procurava seguir com fervor a Regra de S. Bento. Porém, com o tempo, este fervor foi esmorecendo, a Regra de São Bento foi sendo "aligeirada" e, em 1098, alguns monges abandonaram o seu mosteiro de Molesme, também na Borgonha, para fundarem um novo mosteiro em Cister, a sul de Dijon. Os religiosos de Cister procuravam seguir à letra a Regra de São Bento, queriam viver do seu trabalho e não acumular riquezas. Bernardo de Claraval, que se recolhera em 1112 em Cister, donde saiu em 1115 para fundar a Abadia de Claraval, deu grande incremento a esta reforma que restituiu à Regra de São Bento todo o rigor inicial.
Enquanto D. Afonso Henriques se empenhava na Reconquista, chegaram ao território português, já em 1138, os monges cistercienses que iriam fundar o Mosteiro de São João de Tarouca por volta de 1142
D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal, doou e coutou a S. Bernardo muitas terras na região de Alcobaça, em cumprimento da promessa feita, em 1147, quando da conquista de Santarém. É de cerca de 1152 o começo da construção provisória do mosteiro, sendo conhecida no mesmo ano uma referência ao seu abade. No entanto, a carta de doação foi assinada por D. Afonso Henriques no ano seguinte, em 1153, para este mosteiro promovesse o povoamento e o arroteamento das terras conquistadas aos muçulmanos.[5] Se se comparar a planta da igreja do Mosteiro de Alcobaça com a da segunda igreja de Claraval, vemos que têm quase a mesma dimensão e disposição espacial.
Os primeiros monges de Alcobaça, conhecidos como monges brancos, tiveram uma acção civilizadora notável. Também desempenharam acções de assistência e beneficência através da botica (a farmácia), e da distribuição de pão e de esmolas na portaria.
No tempo do geral Fr. Sebastião de Sottomaior tomaram grande incremento as oficinas de imaginaria da Abadia.
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