Rosa Ramalho
Rosa Ramalho | |
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Fotografia de Rosa Ramalho | |
Nome nativo | Rosa Barbosa Lopes |
Nascimento | 14 de agosto de 1888 São Martinho de Galegos, Barcelos |
Morte | 24 de setembro de 1977 (89 anos) Galegos (São Martinho) |
Nacionalidade | portuguesa |
Cidadania | Portugal |
Ocupação | barrista |
Prêmios | Ordem Militar de Sant'Iago da Espada |
Rosa Ramalho (14 de agosto de 1888 - 24 de setembro de 1977) é o nome artístico de Rosa Barbosa Lopes, ceramista e figura emblemática da olaria tradicional portuguesa.
Biografia
Rosa Ramalho nasceu a 14 de agosto de 1888, na freguesia de São Martinho de Galegos (concelho de Barcelos). Filha de um sapateiro, Luís Lopes e de uma tecedeira, Emília Barbosa[1], casou-se aos 19 anos, em Manhente, a 20 de fevereiro de 1908, com um moleiro, António da Mota, natural de São Romão da Ucha (concelho de Barcelos)[1], de quem teve sete filhos. Aprendeu a trabalhar o barro desde muito nova, mas interrompeu a atividade durante cerca de 50 anos para cuidar da família. Só após a morte do marido, a 17 de junho de 1956, e já com 68 anos de idade, retomou o trabalho com o barro e começou a criar as figuras que a tornaram famosa. As suas peças simultaneamente dramáticas e fantasistas, denotadoras de uma imaginação prodigiosa, distinguiam-na de outros barristas e oleiros e proporcionaram-lhe uma fama que ultrapassou fronteiras.
Foi ao pintor António Quadros que se deveu a descoberta de Rosa Ramalho pela crítica artística e a sua divulgação nos meios "cultos".
Em 1968 recebeu a medalha "As Artes ao Serviço da Nação". Nesse ano foi apresentada na Feira de Artesanato de Cascais e os seus trabalhos passaram a ser procurados por milhares de portugueses e estrangeiros.
Foi sepultada a 25 de setembro de 1977 [1] no pequeno cemitério de São Martinho. A população de Barcelos dirigiu, logo na altura, uma proposta ao governo no sentido de transformar o barracão e o telheiro num museu de cerâmica com o nome da barrista.
Foi a primeira barrista a ser conhecida individualmente pelo próprio nome e teve o reconhecimento, entre outros, da Presidência da República, que em 9 de Abril de 1981, a título póstumo, lhe atribuiu o grau de Dama da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada.[2]
Sobre a artista há um livro de Mário Cláudio (Rosa, de 1988, integrado na Trilogia da mão) e uma curta-metragem documental de Nuno Paulo Bouça (À volta de Rosa Ramalho, de 1996). Atualmente dá nome a uma rua da cidade de Barcelos, a uma rua em Polima (freguesia de S.Domingos de Rana, Cascais) e a uma escola EB 2,3 da freguesia de Barcelinhos. A sua antiga oficina, em São Martinho de Galegos, poderá vir a tornar-se num museu de olaria com o seu nome.
O seu trabalho é continuado atualmente pela neta Júlia Ramalho que a acompanhava no trabalho do telheiro.
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