quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

QUEM FOI ROSA RAMALHO, EM PORTUGAL?

 

Rosa Ramalho

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Rosa Ramalho
Fotografia de Rosa Ramalho
Nome nativoRosa Barbosa Lopes
Nascimento14 de agosto de 1888
São Martinho de GalegosBarcelos
Morte24 de setembro de 1977 (89 anos)
Galegos (São Martinho)
Nacionalidadeportuguesa
CidadaniaPortugal
Ocupaçãobarrista
PrêmiosOrdem Militar de Sant'Iago da Espada

Rosa Ramalho (14 de agosto de 1888 - 24 de setembro de 1977) é o nome artístico de Rosa Barbosa Lopesceramista e figura emblemática da olaria tradicional portuguesa.

Biografia

Rosa Ramalho nasceu a 14 de agosto de 1888, na freguesia de São Martinho de Galegos (concelho de Barcelos). Filha de um sapateiro, Luís Lopes e de uma tecedeira, Emília Barbosa[1], casou-se aos 19 anos, em Manhente, a 20 de fevereiro de 1908, com um moleiro, António da Mota, natural de São Romão da Ucha (concelho de Barcelos)[1], de quem teve sete filhos. Aprendeu a trabalhar o barro desde muito nova, mas interrompeu a atividade durante cerca de 50 anos para cuidar da família. Só após a morte do marido, a 17 de junho de 1956, e já com 68 anos de idade, retomou o trabalho com o barro e começou a criar as figuras que a tornaram famosa. As suas peças simultaneamente dramáticas e fantasistas, denotadoras de uma imaginação prodigiosa, distinguiam-na de outros barristas e oleiros e proporcionaram-lhe uma fama que ultrapassou fronteiras.

Foi ao pintor António Quadros que se deveu a descoberta de Rosa Ramalho pela crítica artística e a sua divulgação nos meios "cultos".

Em 1968 recebeu a medalha "As Artes ao Serviço da Nação". Nesse ano foi apresentada na Feira de Artesanato de Cascais e os seus trabalhos passaram a ser procurados por milhares de portugueses e estrangeiros.

Foi sepultada a 25 de setembro de 1977 [1] no pequeno cemitério de São Martinho. A população de Barcelos dirigiu, logo na altura, uma proposta ao governo no sentido de transformar o barracão e o telheiro num museu de cerâmica com o nome da barrista.

Foi a primeira barrista a ser conhecida individualmente pelo próprio nome e teve o reconhecimento, entre outros, da Presidência da República, que em 9 de Abril de 1981, a título póstumo, lhe atribuiu o grau de Dama da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada.[2]

Sobre a artista há um livro de Mário Cláudio (Rosa, de 1988, integrado na Trilogia da mão) e uma curta-metragem documental de Nuno Paulo Bouça (À volta de Rosa Ramalho, de 1996). Atualmente dá nome a uma rua da cidade de Barcelos, a uma rua em Polima (freguesia de S.Domingos de Rana, Cascais) e a uma escola EB 2,3 da freguesia de Barcelinhos. A sua antiga oficina, em São Martinho de Galegos, poderá vir a tornar-se num museu de olaria com o seu nome.

O seu trabalho é continuado atualmente pela neta Júlia Ramalho que a acompanhava no trabalho do telheiro.

Ligações externas

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