segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Poema (REGº)

VOZES DO ALÉM-MAR NAS-RIMAS-DOS CANTARES DE AMOR
Ouvi-te cantar nos ventos,
por entre pinheiros altos
que se perderam nas águas
da triste chuva dos tempos…
Ouvi-te cantar nos ventos…
(____________________Ficas mais longe, pelas tardes
______________ para onde os crepúsculos correm,
____________a descobrir seculares de gotas de orvalho,
_______ nos sinos onde os lamentos morrem…)
Caiu-me das mãos, o livro que leio ao entardecer…
Como animal ferido,
deixou-me aos pés a capa
que o protegia,
para esconder o quanto eu sofria.
Pinheiros altos----altas velas-a-navegar----choro triste…
…povo meu
que viveu a acenar-lenços-brancos, de esperança-em-riste.
Ouvi-te cantar nos ventos,
a melopeia que entoa o rasgar das velas,
ao desconhecerem que o tempo ia andando “in media res”.
Ouvi as ondas do mar, recheadas de espuma
a vibrar
os ecos nostálgicos das vozes de Além-Mar,
semeados de rimas dos nossos Cantos de Amor.
Ouvi-vos chorar, pinheiros de Portugal!
Maria Elisa Ribeiro
Junho/016

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