POEMA
NÃO ME LEMBREI DE TE ESQUECER…
Não…não me lembrei de te esquecer…
É até normal…ninguém é perfeito, afinal!
É até normal…ninguém é perfeito, afinal!
E isto…
---------porque o fundo secreto dos teus olhos se transformou
---------num portal para a eternidade, onde me perdi numa procura
--------que deu tempo ao Tempo, para esfarelar cadernos envelhecidos
---------onde te escrevi, num anormal silêncio das eras que foram andando…
---------porque o fundo secreto dos teus olhos se transformou
---------num portal para a eternidade, onde me perdi numa procura
--------que deu tempo ao Tempo, para esfarelar cadernos envelhecidos
---------onde te escrevi, num anormal silêncio das eras que foram andando…
( Há quanto tempo não ouves o canto das aves que, de madrugada,
voam pelo céu das memórias, onde impera a música das asas
a baterem na glória-de-eu-te-recordar?)
voam pelo céu das memórias, onde impera a música das asas
a baterem na glória-de-eu-te-recordar?)
E, não! Não me lembro de te ter esquecido…
______Alquebrada, peregrina cansada de olhar para as galáxias,
______persigo o sonho axiomático de um delírio do programa
______dos oceanos, revoltados em marés de falácias.
______persigo o sonho axiomático de um delírio do programa
______dos oceanos, revoltados em marés de falácias.
Culpa minha…pois não me lembrei de te esquecer.
Como nuvem passageira, evaporei-me-de-ti sobre o restolhar
das folhas da tarde , que soprou vapores-de-Viver.
das folhas da tarde , que soprou vapores-de-Viver.
_____Sinto-me uma tarde do crepúsculo azul das águas do mar-a-latejar
_____cores de um horizonte, que sonhei, avermelhado de rubor…
_____cores de um horizonte, que sonhei, avermelhado de rubor…
É assim, que recordo o não poder esquecer…
…assim…com um odor de cristal-jasmim-rosa
na ansiedade voluptuosa de te ver aparecer,
neste deserto-de-sempre-te-lembrar.
…assim…com um odor de cristal-jasmim-rosa
na ansiedade voluptuosa de te ver aparecer,
neste deserto-de-sempre-te-lembrar.
*O vento soprou, para bem longe, o sabor do teu-brilho-de-ser,
numa migração difícil de acompanhar.
E são duras, como pedras, as palavras que não disseste…
…que se foram com a Saudade, num total e perfeito à-vontade…
…mas que persistem em prender-se à imaginação num percurso do silêncio
Interior em que me esqueci de VIVER, porque…
numa migração difícil de acompanhar.
E são duras, como pedras, as palavras que não disseste…
…que se foram com a Saudade, num total e perfeito à-vontade…
…mas que persistem em prender-se à imaginação num percurso do silêncio
Interior em que me esqueci de VIVER, porque…
______foram noites de amor em lençóis de seda amarrotados…
______ foram tardes de luz a ver deflagrar os sentidos…
______foram outonos sôfregos, no cimo das falésias,
a apanhar borboletas enfeitiçadas…
______foram milésimos de segundos a contarem os minutos do Tempo,
esperando a chegada da noite impetuosa…
______ foram tardes de luz a ver deflagrar os sentidos…
______foram outonos sôfregos, no cimo das falésias,
a apanhar borboletas enfeitiçadas…
______foram milésimos de segundos a contarem os minutos do Tempo,
esperando a chegada da noite impetuosa…
Não! Não me lembro de te ter esquecido!
E, não! Não me quero esquecer de que te lembro…
E, não! Não me quero esquecer de que te lembro…
Maria Elisa Ribeiro
ABRIL/014
ABRIL/014
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