sábado, 15 de junho de 2019

POEMA REGISTADO!

PEDRÓGÃO GRANDE
                          IN MEMORIAM
Passam os anos.
Percorrem caminhos místicos,
sempre reais,
os ares, as nuvens, os sóis, as chuvas e os temporais.
Passam por todos nós
que, cansados, descansamos nas asas dos girassóis.
Passam chamas fenomenais
pelos anos em que desfalecem as árvores-vida-das-almas-esquecidas.
Numa tontura de sono-em-ânsia de salvação
nas chamas de morte se afundam seres em torturas-de-emoção.
A Terra e a Lua mudam de lugar à Hora da tragédia!
É o Fogo a destruir o ar de salvação em cinzas petrificadas de paisagens
gritantes, alarmadas, sem esperanças de encontrar o abrigo da HORA-ENTÃO!
O Sol que não consegue nascer
foge dos deuses da terra-a-arder e vai para o céu procurar o azul-água
que a Terra parou de chover.
Não se encontra o Mar; o fogo promete morte;
as aves fogem mas tombam queimadas como carros na estrada!
O deserto está Longe- a-viver-Aqui!
Tal serpente de fogo
estende-se o vermelho-brasa a espreguiçar-se montanha acima
comendo casas,
comendo bens,
comendo VIDAS!
Esgotam-se os dias… Morreu a Esperança…Passam lentas as Noites de Vigia…
QUEM DORME EM PEDRÓGÃO ?
JNH/019
Maria Elisa Ribeiro

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