CAIS DAS COLUNAS
Tanto da minh’alma é feito de maresia,
de inquietação e perene nostalgia
de sons de ondas revoltadas, que se atiram
como pedradas para os brancos areais,
por força da força das marés cheias, temperamentais.
de inquietação e perene nostalgia
de sons de ondas revoltadas, que se atiram
como pedradas para os brancos areais,
por força da força das marés cheias, temperamentais.
Tanto da minh’alma é feito de água pura das fontes,
onde bebo raios de auroras a despertar aromas de Portugal,
que renascem das brumas da memória
na glória de uma corola a abrir, para se tornar imortal.
onde bebo raios de auroras a despertar aromas de Portugal,
que renascem das brumas da memória
na glória de uma corola a abrir, para se tornar imortal.
Tanto da minh’alma é feita de tons dolentes
de guitarras embriagadas, que se ouvem na memória
dos tempos das despedidas, nas vielas empedradas…
de guitarras embriagadas, que se ouvem na memória
dos tempos das despedidas, nas vielas empedradas…
( Procuro-te, alma madrugadora, nos cais dos lenços
brancos, cansados de acenar…
brancos, cansados de acenar…
nos buracos abertos nas profundas incertezas das sílabas
em que me atrevo a caminhar…
no céu marinho, coberto de negras nuvens sem aves a esvoaçar…
nas árvores dos pátrios bosques ensombrados por espectros
despertos sempre-sempre-a-passarem pelas rotas das descobertas.)
em que me atrevo a caminhar…
no céu marinho, coberto de negras nuvens sem aves a esvoaçar…
nas árvores dos pátrios bosques ensombrados por espectros
despertos sempre-sempre-a-passarem pelas rotas das descobertas.)
Tanto da minh’alma é feito de Mar
amparado na força do Cais das Colunas,
que não cessa de chorar-auras-de-antigas-brumas…
amparado na força do Cais das Colunas,
que não cessa de chorar-auras-de-antigas-brumas…
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