POEMA
QUANDO A PROSA ME INVADE A POESIA
(Ciclo “Rumores poéticos”)
Conheço bem a terra que meus olhos transformaram com o ardor vivo da ajuda das tuas mãos…
Tua terra... teu corpo... teu olhar, minha evasão!
E é sentimento! É desejo! É consagração!
Tua terra... teu corpo... teu olhar, minha evasão!
E é sentimento! É desejo! É consagração!
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Essa terra, humedecida de orvalho, parece cristalizada num verniz de tom universal…eu diria mesmo, imortal.
Essa terra, humedecida de orvalho, parece cristalizada num verniz de tom universal…eu diria mesmo, imortal.
A manhã mostra-se e alarga-se nos caminhos onde eu, pequeno triângulo, obra imperfeita, me divido nas poeiras do alvorecer em total comunhão do meu corpo com o teu, sob um azul mítico de um inominável céu.
Uma a uma, levei comigo as pedras rugosas do alto da serra, para construir o meu lar_____ o fogo que lá brilhou, quase escureceu…
Até tenho pudor de falar do que aconteceu na transformação que, entre mim e ti, se deu.
Até tenho pudor de falar do que aconteceu na transformação que, entre mim e ti, se deu.
Sinto que, nessa terra, se apagou o ardor das mãos onde o fogo-do-lar viveu e,
numa tela a arder-apagada…
ali ficou uma folha amarelecida, de nós afastada, num triste canto da madrugada.
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numa tela a arder-apagada…
ali ficou uma folha amarelecida, de nós afastada, num triste canto da madrugada.
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Escorrem em Mim os sons do meu Outro- lado- longe-do- Outro- lado- de -Ti...
São sons... e falam da fecundação do Outono no conchego da palma da tua mão,
onde já nasceu uma nova Primavera…
onde já nasceu uma nova Primavera…
São rumores…creio neles…vêm do útero da Terra!
Maria Elisa Ribeiro
FEV/016
FEV/016
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