quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Poema meu (OBRA REGª)




















…NOS INTERVALOS DA VIDA

Lembro-me dos tempos
________________em que, para nós, apenas havia um limite…
___________________…o de não adivinharmos o que conseguiríamos imaginar.

E, como a imaginação não tem metas a cumprir,
_________________oferece-nos caminhos infinitos,
____________________que continuamos sempre a percorrer…

Então, chegam os pássaros, prontos a acordar
o ar que que nos detemos a repousar.
E o mar, que nunca repousa, desperta, por sua vez,
e bate furioso nas falésias a desprender
odores de maresia=sémen das ondas
que não param
ao longo do Dia e da Noite que vai caminhando, sempre,
para um Outro Novo Dia.

Uma maré de suposta espuma acastanhada
(esse sémen das ondas que, de amor, não percebem nada),
aterra a nossos pés, neste odor da madrugada.
Fá-lo com a força de um canto infinito,
sem saber que a memória da recordação mais bela de ti
já a tenho eu guardada no cantinho sagrado de MIM.

Ela é Poesia que inunda minhas vagas de ternura imensa,
profunda, densa como a Fé na Vida que domina minh’alma-
-a-flutuar nos intervalos de Nós…

Não há limites para o Sol…Já apareceu, por entre as nuvens!
Vem com seus raios de cintilantes-baladas-de-enleio-a-fluir
em caminhadas de místico passeio!
Veio! Glorioso como os raios do teu olhar, veio!

O que penso de tudo o que a caneta me trouxe aos dedos
neste passeio pelas palavras?
…que tudo é uma balada do ardor das Sensações
que se conhecem, entre si, quando parece que chegam as
Horas dos nossos segredos, nos intervalos-de-Nós…

JAN/017
Maria Elisa Ribeiro

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