terça-feira, 26 de abril de 2016

Poema meu











Poema







MELODIA-EM-DESCONTÍNUO





a melodia contínua do SER-A-EXISTIR ecoa no Longe_______

_________nas dobras do Vento-no-Tempo__________



Som solto som quente som brando- dobrando-

-a- sombrear a alegria dos risos parados e ocultos





quem poluiu quem rasgou o silêncio do canto interior

das janelas que deixam entrar a maresia da flor que

se recolhe lenta no vento que cobre o coração da casa





pedras incautas projectam-se no muro branco do verde

algodoado musgos flores que descobrem

as sombras do jardim lagos de orvalhos pisam

terra escura raízes de rosas e margaridas

contam a história do sol a abrir no Dentro de Mim





inocência-em-cólera contra as traves do Tempo

lento entardecer dos olhos das mãos que tocam

ousadas orlas dos mares nos corpos de areias naufragadas



algas desfeitas recolhem coral escamas de sereias

estendem as mãos para a madrepérola floral



cálice-conchego na mão____o olhar desenha o tom da carícia

dos mitos de cristal que entreabrem o corpo líquido onde circula

o desejo dos grãos de sal___________a escorrerem sons da

brutal vaga_____________do ímpeto solar



letras da terra saltam de raíz em raíz húmus perene

fermenta o corpo_____impele os caules__________a árvore salta do solo……….

as florestas descobrem a verdade das manhãs de POESIA!

______________________ EIA! EIA! EIA!_____________________





Maria Elisa Ribeiro



FEV/016

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