sexta-feira, 29 de abril de 2016

Cientista portuguesa ,em económico.sapo.pt


Cientista portuguesa escolhida para conselho europeu de sábios
10 Nov 2015 Madalena Queirós

Até agora, as descobertas desta cientista já deram origem a 16 patentes, cinco das quais internacionais e uma em parceria com a Samsung.


A portuguesa Elvira Fortunato foi um dos sete cientistas europeus escolhidos para integrar a Estrutura de Aconselhamento Científico da Comissão Europeia lançada hoje por Carlos Moedas.

O Comissário europeu para a Investigação, Ciência Inovação, anunciou esta estrutura criada com o objectivo de dar aconselhamento científico independente com vista à elaboração de políticas e legislação europeias. Outro dos objectivos deste órgão é avançar recomendações para melhorar as relações entre a Comissão europeia e as comunidades científicas europeias. O grupo é composto por outros seis cientistas europeus e contará com um orçamento de 6 milhões de euros.

Este modelo de aconselhamento de alto nível para o aconselhamento científico inspira-se na experiência nos Estados Membros da UE e outros países ao reunir um grupo de conselheiros científicos independentes com uma forte relação com as instituições de investigação e de ciência.


Quem é Elvira Fortunato?
Criadora do transístor de papel, Elvira Fortunato é professor de Ciências de Materiais na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa sendo membro da Academia Portuguesa de Engenharia. O Presidente da República atribuiu-lhe a Ordem do Infante Dom Henrique em 2010, como prémio pelos avanços científicos conseguidos durante a sua carreira. Actualmente dirige o Instituto de Nanomateriais, Nanofabricação do CENIMAT. Elvira Fortunato é pioneira na investigação da electrónica transparente, baseada em transístor de papel.

"A ideia do projecto tem tantas aplicações que poderá criar uma indústria multibilionária". Esta foi apenas uma das razões que levou o júri da maior bolsa de investigação científica europeia a concedê-la à cientista portuguesa Elvira Fortunato em 2008. A invenção do transístor de papel permite criar "um novo campo da electrónica transparente que poderá colocar a Europa como líder nesta nova tecnologia". Os avaliadores do European Research Council (ERC) consideram que a investigadora portuguesa da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa está entre os cinco melhores do mundo nesta área.

Até agora, as descobertas desta cientista já deram origem a 16 patentes, cinco das quais internacionais e uma em parceria com a Samsung.

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