quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

POEMA MEU-(Obra regist.)



Poema:

PER-VERSOS-
-DE-TUDO-O-QUE-FOI…

Eram cadência e melodia, os passos que dávamos
nas dunas esquivas dos pinhais de resinas,
perto da infância-que-foi-menina.

Na toalha do azul-mar, em frente ao odor da juventude,
digerimos migalhas de vida na toalha de mar-azul ! perto do
horizonte,
em anónimas ondas de espesso calor.

Nossas vozes, levadas pelo vento,
desaguaram em espuma cinzenta, numa língua de mar
onde búzios caminharam, connosco, par-a-par.

No ar, seguiram impressões digitais de rumorejante amor
vivido-sem-cessar,
em per-versos do vento a soprar furor…

Merecemos o nosso poema!

Mastigámos palavras com os lábios do desejo…
E era tão lindo! o beijo que dávamos
à passagem da nossa impetuosidade-a-voar,
nas asas das gaivotas a passar!

Seguimos rotas diversas…
Desviámo-nos da cadência e da melodia…

Ninguém sabe traçar rumos-do-destino…
…e fomos seguindo outros mapas da vida…

Aportámos a cais diferentes, sem convergência de magia.

O ar é o mesmo ________
as árvores continuam rugosas________
nas noites transmilenares_______

A claridade solar continua a iluminar a inquietação e a lua
brilha, inteira, nas águas secretas da imaginação.

O silêncio interior, esse…vai falando dos per-versos em que me movo,
sempre que as borboletas passam pelas minhas tempestades
e pousam, aconchegadas, nos olhos lindos das flores!

Maria Elisa Rodrigues Ribeiro
FEV/014
 — com Antonio Branco e 48 outras pessoas.

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