segunda-feira, 30 de setembro de 2024

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 KANT

"As inovações na sua filosofia marcaram o início de uma rota epistemológica para o pós-modernismo.
Seu ataque à razão iluminista abriu a porta para os metafísicos irracionais e os idealistas do séc. XIX.
A questão fundamental em torno da razão é sua relação com a realidade. Ela é capaz de conhecer a realidade ou não? Kant foi muito claro em sua resposta. A realidade está sempre fechada à razão, e a razão está limitada a perceber e compreender seus próprios produtos subjetivos. Limitada ao conhecimento dos fenômenos que ela própria construiu, a razão não pode conhecer nada que esteja fora dela. O aspecto mais importante da razão é o fato de que ela não tem ideia do que seja realidade. Na verdade, toda percepção sensorial não passa de um efeito subjetivo, e a razão só pode perceber o efeito subjetivo, não o objeto externo.
Há algo no sujeito conhecedor: seus processos são causais e definidos, e formam a percepção do sujeito. Segundo Kant, quando experimentamos algo, "estamos sempre rodeados de condições", que tornam a experiência "uma síntese finita". É por isso que o realismo ingênuo foi um projeto impossível. O sujeito conhecedor não é uma folha em branco, sem identidade, logo, o objeto em si não pode gerar conhecimento. Devido à sua identidade finita, o sujeito conhecedor participa da produção de suas experiências, e, partindo dessas experiências limitadas e condicionadas, não consegue identificar o que é real. O objeto deve conformar-se ao sujeito, e somente a partir desse pressuposto - ou seja, só se abandonarmos a objetividade pela subjetividade - podemos compreender o conhecimento empírico. "
​​​​​​​Stephen Hicks
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