Poema
A LUZ DE UM SORRISO
Diluem-se promessas da noite em que chegámos-a-Nós.
*foram vagas, como vagas são as estrelas, ao longe, dominadas pelo brilho da Lua Nova
*tenho fome da sede com que bebia o luar dos teus lábios, sem me importar com o brilho da lua, nem dos passos alheios, na rua…
*escrevo-Me para me saciar de ti, sem-Te-sofrer*
*minhas mãos, cheias de letras a compor palavras raras, padecem da falta das tuas a afagar brisas que poisavam, atentas, nos meus cabelos
a noite é de vento, esse bocejo ruidoso do Tempo em que nos encontrámos, no indeciso caminho a percorrer no desejo…
*é tão difícil pensar-Te, sem recordar que fui estrela-a-iluminar a iluminar-te
*folheio velhos cadernos de memórias amarelecidas, onde confesso que Morri-Vivendo no lume brando do teu olhar
*sinto que o Sonho dança na minh’alma-a-procurar-a-tua…
e, como pássaro esquivo de asa ferida, fixo o azul do mar onde continuo à deriva, a navegar numa bolha de espuma ,onde talvez te possas alojar.
*mas, sem luz, a noite é um crepúsculo obscuro, onde o mundo se esquece de me orientar…
*por onde ficaste? por que não procuras a alma que perdeste?*
*…recordo…
dizias sempre na solidez dos quinze anos, que não sabias decifrar
[ a luz de um sorriso de amor…]*
Maria Elisa Ribeiro
AGT/015
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