POEMA
Quando Agosto passar
num esperado concerto de sombras
chegará Setembro
Já houve Primavera
nos gestos de quando das palavras se soltaram sãs sementes.
Depois
o Verão soube-nos a frutos maduros, doces e carnudos…
cerejas, melão,
peras e maçãs, uvas e romã.
Já os pássaros voaram a pique
sobre os cânticos do grão na terra semeada.
E Florbela andava escondida nos sons oníricos
do canto dos girassóis,
onde aprendia o sol a solidão e a espera
dum novo tempo,
por ali escondido
.
No crepúsculo dos tempos,
entrelaçados os dedos com as letras dos versos arrumados,
permanecemos pensativos
como deuses de pedra…deuses frios…deuses-nada…
ABL/019
Maria Elisa Ribeiro
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