POEMA
TENHO TEU CORPO A REPOUSAR NOS MEUS ANOS…
Consigo reconhecer teu corpo estendido nos meus anos…
________Sem o ver, passo a mão pelos contornos desprevenidos
________________que foram parte importante das nossas vidas.
Assim, é como se nada se tivesse perdido entre nós,
quando
te chegas para perto de mim, sempre que te espero.
________Sem o ver, passo a mão pelos contornos desprevenidos
________________que foram parte importante das nossas vidas.
Assim, é como se nada se tivesse perdido entre nós,
quando
te chegas para perto de mim, sempre que te espero.
Nos ouvidos, como flor banhada pelo orvalho da manhã,
tenho a sensação dos teus lábios molhados…
No ventre macio, à espera de florir, sinto que passam
tuas mãos, com o seu quê de atrevido…
A boca sabe-me ao tempo passado, àquele tempo vivido
em que , para nós ,nada soava a pecado…
Nas mãos, sinto ainda os teus cabelos desgrenhados,
pouco ou nada preocupados com as brisas do meu fulgor…
tenho a sensação dos teus lábios molhados…
No ventre macio, à espera de florir, sinto que passam
tuas mãos, com o seu quê de atrevido…
A boca sabe-me ao tempo passado, àquele tempo vivido
em que , para nós ,nada soava a pecado…
Nas mãos, sinto ainda os teus cabelos desgrenhados,
pouco ou nada preocupados com as brisas do meu fulgor…
O furor do Tempo, preocupado em andar depressa,
não apagou o teu belo sorriso,
escondido sob um bigode espesso prateado insubmisso
não apagou o teu belo sorriso,
escondido sob um bigode espesso prateado insubmisso
Recordo o místico halo,
que vibrava à tua volta,
quando o fogo do desejo,
me deixava quase morta.
que vibrava à tua volta,
quando o fogo do desejo,
me deixava quase morta.
Aos pés de todos nós corre um oculto rio,
que nos vai atravessando a vida e massacrando a memória,
enquanto percorre os lugares de júbilo
por onde deambulámos(às vezes completamente parados),
a fazer a nossa história…
Fizemos tantos versos de amor, sem nada escrever, sem falar,
apenas a olhar para os nossos olhos acesos, com um fogo
[ que ardia sem se ver]
que nos vai atravessando a vida e massacrando a memória,
enquanto percorre os lugares de júbilo
por onde deambulámos(às vezes completamente parados),
a fazer a nossa história…
Fizemos tantos versos de amor, sem nada escrever, sem falar,
apenas a olhar para os nossos olhos acesos, com um fogo
[ que ardia sem se ver]
Por isso, continuo a ver teu corpo estendido nos meus anos,
a viver os meus poemas…só…entre as minhas próprias mãos…
….os anos idos como águas correntes…o meu Passado…
Por isso, reconheço também, na memória, os teus sussurros
labirínticos como pedaços de magma, a acordar incêndios
[numa paisagem desprotegida]
a viver os meus poemas…só…entre as minhas próprias mãos…
….os anos idos como águas correntes…o meu Passado…
Por isso, reconheço também, na memória, os teus sussurros
labirínticos como pedaços de magma, a acordar incêndios
[numa paisagem desprotegida]
Porém, entre a noite de Hoje e a Outra-de-Outrora,
ficaram os dias que preencheram de luz a memória…
…a memória, apenas…
Resignada, reconheço somente a Imagem
do teu corpo
estendido nos Anos-de-Outrora…Agora…
ficaram os dias que preencheram de luz a memória…
…a memória, apenas…
Resignada, reconheço somente a Imagem
do teu corpo
estendido nos Anos-de-Outrora…Agora…
Maria Elisa Ribeiro
SET/2015
SET/2015
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