quarta-feira, 23 de outubro de 2019

POEMA: LA SEINE...
LA SEINE…
Meus olhos fitam o deslizar decidido
das pequenas ondas do rio
onde segues , a rumorejar momentos de desvario~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
( segue o rio para o mar, num constante e longo penar)
Lado a lado, deitados numa seca folha
que das árvores caiu,
seguimos, tu e eu, pelas águas,
numa geometria-do-fluir~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
ao encontro de uma alquimia de corpos
em cores, odores e sabores do Olimpo-Mar- a- sorrir.
Tua mão na minha,
ambas entrelaçadas nessa –folhinha-nave,
recebemos do Sol o fulgor, que a sensualidade prescreve
até às margens do Amor~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Segura-te, amor, assim…ao meu ardor-navegante
que te quer saborear, numa paisagem ofegante!
O rio transpira…a corrente é lenta…
…o corpo descreve ondas fulgurantes~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
de odores transversais de canelas picantes…
Nosso destino é a luz transparente
do EU-FORA-DE-MIM-COMIGO-DENTRO-DE-TI !
(Minhas margens são teu porto de abordagem…)
Depois,
o resto da viagem é o SONHO-DE-NÓS,
num passeio pelo bosque das sensações,
onde o silêncio se transforma em turbilhões de fogo,
como os que exalam os vulcões.
(Oh, deus…Sonho de todos os sonhos…)
Acabo o dia a mirar a calma água de um rio,
~~~~~~~~~~~~~~~~que flui, displicente, a deslizar na corrente…~~~~~~~~~~~~~~
Maria Elisa Ribeiro
OUT/012

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