segunda-feira, 14 de outubro de 2019

POEMA (REGººººº)

Poema:
CONSTRUÇÃO
hoje,
_____como Ontem,
_______como D’Antes,
__________o Inverno continua
____________ e crescem as lembranças
______________das dores da construção da Vida.
o nó do imaginário solta-se do Outono
e continua a ir-sendo,
pelos invernos da memória.
trabalham, em uníssono, os sentidos-----os que conheci ao vivo e os outros que vão chegando pelos arrancos dos ventos estrídulos, que destroem aspidistras-----
quero subir aos telhados do universo, acender estrelas e desfazer nuvens-cirrus----- soltar galáxias de joelhos perros desgastados e viajar a trespassar o Inverno, para cair nos verões que tive-----
ponto de chegada almejada, a minha hora de nocturna plenitude, sob uma árvore frondosa, descansada de anos-a-crescer, num tronco iluminado pelos raios de luar------
um céu brilha por entre ramos da cidade-árvore-------há ruas oferecidas aos olhos interrogantes das seivas que correm por artérias dos caminhantes------mil palavras deslizam, melodiosas, pelos pingos da lua-----
deuses celtas vivem pelas pracetas das florestas-cidades, saltando de rua em rua a dançar o decurso do tempo, que não sentem -------sempre iguais a si próprios, sempre deuses, vêem o ar a poluir-se de nódoas no cume das árvores-cidades, indiferentes aos balanços das poeiras dos ventos-------onde vive o deus-tempo que, como o vento, chega, de rajada, à pauta de música de qualquer vida humana-------
Nunca hibernam…
______não sabem da Palavra nem do perfume
_________das sílabas que dão lugar aos versos, que deambulam
____________em viagens delirantes pela minha terra…
Nunca sabem se uma qualquer vibração errante
__________decidiu pousar no pensamento dos deuses ambulantes,
______________que amam ouvir os cantores das belezas das fontes,
___________________dos rios, dos montes ou das plantas .
Manifestamente, não se constroem deuses,
_______________que desconhecem viagens circunstantes…
Essas, conhecem-nas os verdadeiros navegantes
_______________do interior das almas atormentadas, os poetas ,
seres delirantes
do ventre das palavras,em-construção dos seus mais belos instantes.
Maria Elisa Rodrigues Ribeiro
Agosto-2014

Sem comentários:

Enviar um comentário