Sou Mãe!
Este é o meu cartão de apresentação para sentir que tenho um pouco de legitimidade para poder dirigir-me a todas vós.
Ser Mãe ,não se explica...vive-se !Ser Mãe...implica rir e chorar, nos momentos mais significativos da nossa vida e da vida dos nossos rebentos! Ser Mãe...significa sofrer ,desde a hora em que concebemos, à hora em que "damos à luz" os seres que nunca mais deixarão, por um motivo ou outro, de nos ocupar a vida e o pensamento.
Ser Mãe...é ser MULHER na plenitude do nosso corpo e da nossa alma!
E mesmo sem termos filhos "paridos" ...somos mães no amor que dedicamos aos pobres...aos idosos...aos doentes, nos hospitais...aos alunos. nas escolas...
Chora-me a alma ao pensar nas mulheres que não puderam ser mães nas circustâncias abençoadas, em que eu o fui...Penso nas mulheres de várias castas ,religiões e países, que são forçadas a "dar à luz" no meio das guerras, escondidas como cabras, no meio de penhascos, atrás de currais, no meio das florestas...com as balas da guerra a passarem ,rentinhas, ao filho que acabam de parir!
Amo-vos ,mulheres do MUNDO, que sois MÃES, como EU!
"As minhas palavras têm memórias ____________das palavras com que me penso, e é sempre tenso _________o momento do mistério inquietante de me escrever"
sábado, 30 de abril de 2011
~HOMENAGEM ÀS MÃES DE TODO O MUNDO...EM PORTUGUÊS!POEMA À MÂE" de EUGÉNIO DE ANDRADEN
foto google
No mais fundo de ti
Eu sei que te traí, mãe.
Tudo porque já não sou
O menino adormecido
No fundo dos teus olhos.
Tudo porque ignoras
Que há leitos onde o frio não se demora
E noites rumorosas de águas matinais.
Por isso, às vezes, as palavras que te digo
São duras, mãe,
E o nosso amor é infeliz.
Tudo porque perdi as rosas brancas
Que apertava junto ao coração
No retrato da moldura.
Se soubesses como ainda amo as rosas,
Talvez não enchesses as horas de pesadelos.
Mas tu esqueceste muita coisa;
Esqueceste que as minhas pernas cresceram,
Que todo o meu corpo cresceu,
E até o meu coração
Ficou enorme, mãe!
Olha - queres ouvir-me? -
Às vezes ainda sou o menino
Que adormeceu nos teus olhos;
Ainda aperto contra o coração
Rosas tão brancas
Como as que tens na moldura;
Ainda oiço a tua voz:
Era uma vez uma princesa
No meio do laranjal...
Mas - tu sabes - a noite é enorme,
E todo o meu corpo cresceu.
Eu saí da moldura,
Dei às aves os meus olhos a beber.
Não me esqueci de nada, mãe.
Guardo a tua voz dentro de mim.
E deixo as rosas.
Boa noite. Eu vou com as aves.
No mais fundo de ti
Eu sei que te traí, mãe.
Tudo porque já não sou
O menino adormecido
No fundo dos teus olhos.
Tudo porque ignoras
Que há leitos onde o frio não se demora
E noites rumorosas de águas matinais.
Por isso, às vezes, as palavras que te digo
São duras, mãe,
E o nosso amor é infeliz.
Tudo porque perdi as rosas brancas
Que apertava junto ao coração
No retrato da moldura.
Se soubesses como ainda amo as rosas,
Talvez não enchesses as horas de pesadelos.
Mas tu esqueceste muita coisa;
Esqueceste que as minhas pernas cresceram,
Que todo o meu corpo cresceu,
E até o meu coração
Ficou enorme, mãe!
Olha - queres ouvir-me? -
Às vezes ainda sou o menino
Que adormeceu nos teus olhos;
Ainda aperto contra o coração
Rosas tão brancas
Como as que tens na moldura;
Ainda oiço a tua voz:
Era uma vez uma princesa
No meio do laranjal...
Mas - tu sabes - a noite é enorme,
E todo o meu corpo cresceu.
Eu saí da moldura,
Dei às aves os meus olhos a beber.
Não me esqueci de nada, mãe.
Guardo a tua voz dentro de mim.
E deixo as rosas.
Boa noite. Eu vou com as aves.
sexta-feira, 29 de abril de 2011
POEMA: SILABÁRIO
Medito a dois passos da indefinição…
Afundo-me no ar volátil que se dilui nas vagas que respiro,
nas nuvens que se movem empurradas por ímpetos,
nas folhas das árvores tocadas por movimentos místicos…
Brincam comigo, às escondidas, sons de flauta e violino
que, difundidos no FADO,
ajudam a minha construção do cosmos.
São acordes divinais…perdidos no meu deserto…
e vogam ao sabor do céu aberto.
Tomo conta de mim
no orgulho vibrante, poderoso,
da consciência da pedra bruta que luta,
que se aproxima e se afasta, do Monossílabo que SOU…
(Escrevo-me cartas de amor…conto-me os meus defeitos e aceito-os…
Amo-te mais no DEPOIS…comigo própria…
É quase um diário que escrevo, onde me lamento num refúgio…
Sou um paradoxo…oponho-me ao meu oposto!
Sou música –física, num recomeço constante do bamboleio hesitante
da alma!
Vejo que, nos teus olhos, reside o segredo do meu olhar, que escondeste
Na fortaleza do teu brilhar…
Desagrego-me e grito…)
Onde será o espaço do coração?
Dói-me a noite…
Dói-me o dia…
No meio deste vazio…confio!
Se ao menos o sol abrisse a porta fechada do meu estar
num solo definido…
Mergulharia no teu mar_________
Sorveria as sensações __________
E sempre que a vida te escolhesse, como ao virar uma folha,
seria eu o teu palco de emoções!
Rasgarei a mordaça da rotina da inquietação
E saltarei aquele velho muro da indecisão
Que me impede de mostrar êxtases…
…na melancolia do medo de não poder chegar
ao mapa do teu coração…
(AMO…
Se vivo…?
OH, pássaro louco, em desvairada correria!
A Noite, azulada e eterna, é a da minha fantasia…)
R/CL/11/ 30-MRÇ-( mqc)011
Etiquetas:
a vida ...esperanças e angústias,
amor,
poema
quinta-feira, 28 de abril de 2011
Faleceu um historiador de génio...VITORINO MAGALHÃES GODINHO( 1918-2011)
FOTO GOOGLE
Um sábio...um homem de cultura...um historiador notável que nos ajudou com a sua sabedoria a ver a História dos Descobrimentos portugueses, de um modo diferente, humano.Com a ajuda dos seus estudos, aprendi a entender a excepcional Globalização que o povo português empreendeu, nos cantos mais remotos do GLOBO, cumprindo aquilo que PESSOA clamava:" DEUS(...) quis que o mar unisse,já não separasse...(...)E a orla branca foi de ilha em continente...(...)"
Esquecido pela "CULTURA" que não existe ,no país em que viveu(como é da norma, aliás!)os seus estudos e pensamentos projectaram no mundo, a obra inigualável deste povo "que nasceu com o mar a bater-lhe à porta, lambendo-lhe os pés ,num convite impossível de ignorar.."( palavras de um poema meu).A ditadura salazarista roubou-l
he a CÁTEDRA...mas o MUNDO reconheceu-lhe o valor!
Falarei desta personalidade ,em momento oportuno, depois de um trabalho de pesquisa, que se impõe.
MARIA ELISA
Um sábio...um homem de cultura...um historiador notável que nos ajudou com a sua sabedoria a ver a História dos Descobrimentos portugueses, de um modo diferente, humano.Com a ajuda dos seus estudos, aprendi a entender a excepcional Globalização que o povo português empreendeu, nos cantos mais remotos do GLOBO, cumprindo aquilo que PESSOA clamava:" DEUS(...) quis que o mar unisse,já não separasse...(...)E a orla branca foi de ilha em continente...(...)"
Esquecido pela "CULTURA" que não existe ,no país em que viveu(como é da norma, aliás!)os seus estudos e pensamentos projectaram no mundo, a obra inigualável deste povo "que nasceu com o mar a bater-lhe à porta, lambendo-lhe os pés ,num convite impossível de ignorar.."( palavras de um poema meu).A ditadura salazarista roubou-l
he a CÁTEDRA...mas o MUNDO reconheceu-lhe o valor!
Falarei desta personalidade ,em momento oportuno, depois de um trabalho de pesquisa, que se impõe.
MARIA ELISA
segunda-feira, 25 de abril de 2011
25 de ABRIL/011....
FOTOS GOOGLE
Mais um ano passa sob as comemorações deste dia, que marcou a moderna sociedade portuguesa, desde o último quarto do século anterior.
Tenho visto e ouvido o que as personalidades têm estado a dizer, sobre este momento da nossa história recente.Os quatro presidentes da REPÚBLICA destes 37 anos, reunidos pelo actual PRESIDENTE, em cerimónia diferente, no PALÁCIO DE BELÉM, discursaram perante o povo, através dos mais modernos meios de comunicação, apelando à concórdia, à esperança e à participação dos portugueses, no sentido de reformularmos a sociedade e vencermos, mais uma vez, os tremendos problemas com que nos confrontamos, neste angustiante período da nossa história.
Discursos consensuais, versando todos, mais ou menos ,a mesma temática e pedindo aos partidos que se entendam, antes e depois das próximas eleições; sem esse entendimento, numa posição de força contra os ataques especulativos da banca intenacional, pouco se pode fazer e mais ainda se os portugueses se acomodarem e não reagirem contra este estado de coisas!
Tocou-me ,mais profundamente, o discurso de JORGE SAMPAIO, mais duro e realista, pedindo aos sindicatos que sejam realista nesta altura e aos políticos para dizerem a verdade, que se impõe!
Os portugueses já sentem, tremendamente, nas suas vidas, a verdade da recessão...talvez porque,sempre viveram ,diz JORGE SAMPAIO,acima das suas possibilidades!"POBRE ZÉ"!...Então, e os milhentos Euros das vaidades das grandes empresas e do Governo que têm desbaratado os dinheiros em luxos ,jantares, carros topo de gama, ...todos esses que não viveram ABRIL, mas que se "arranjaram"à custa de ABRIL?
Os cravos murcharam...as angústias e a fome aumentaram...o desemprego de milhares e milhares de pobres portugueses, tira-nos momentos de repouso interior...O FMI aí está, novamente, a preparar-nos "a cama"...
PoRTUGUESES...QUE FAZER? Não ouvi, de nenhum deles, uma palavra para a miséria em que hoje vivemos...
sábado, 23 de abril de 2011
Poema: trinados...
Angustiada, como qualquer sem-abrigo
Perdido na sociedade,
Procuro o som do luar,
Que se espalha em difusa claridade.
Sinto, a bater em meus olhos,
A ilusão da Verdade…que se não sabe!
Enxergo, ao longe,
O clarão da Vontade, que me invade…
Cheira-me a terra viva, ferida pela charrua,
Que espera a semente, que geme…
Saltita o vento, levando gotas de água da noite,
Qual fermento da vida, em crescendo…
Cheira-me a guitarras de Coimbra…
Ainda escura, sem a luz da lua.
Dobres delicados, em airosos trinados,
Choram, enlevados, nas margens do rio:
fugidio, luzente, brilhante,
Inconstante... como o olhar sem luar
Do amante arredio…
Tempero o meu andar a esmo
com sons de claridade...
Os cálculos impostores das brumas da vida
deixo-os no quarto escuro da mágoa...da ferida
escondida no armário, por trás de muro,
que me queria sofrida!
A custo, subo a calçada empedrada,
regada pelo som dos trinados de baladas seculares...
A vida canta!O rio chora cascatas de águas escorregadias...
Eu deslizo...Espero o brilho soalheiro que põe a terra a brilhar,
sob raios de fulvo luar...
...com árvores a rebentar...uvas a maturar...
...ninhos a pulsar...mosto da uva a espreitar...
CAD4D -77-ABL/08
quinta-feira, 21 de abril de 2011
FELIZ PERÍODO PASCAL...
FOTOS GOOGLE
Mais um período pascal...
Como o Tempo passa depressa, sem que demos conta dessa velocidade misteriosa, que sentimos no nosso ser...no Bilhete de Identidade...nas agruras do dia a dia...
Felizmente, estamos por cá, graças ao ALGUÉM em que creio..
Não posso deixar passar estes dias sem desejar aos meus tantos amigos e seguidores um Feliz Período Pascal; dirijo-me ,especialmente, se não levais a mal, aos doentes e a outros que estejam a sofrer, seja por que motivo for e que não sintam disposição para festas.
Mas, amigos, este é um período de esperança na regeneração, até na própria Natureza!
Tenhamos ,aquele pouquinho de fé-ao menos!-para ver o mundo de outro modo!
Coincide ,este ano, o período pascal, com o momento revolucionário que o nosso país viveu ,em 1974, o 25 de ABRIL.
Desmoralizados com a situação em que o país se encontra, tenhamos a coragem de não culpar Abril...Culpemos os políticos ( que não sabíamos "O" que era...) na nossa inoc~encia das regras democráticas, culpemo-nos por não termos sabido "ter os olhos abertos" quando era preciso ,para PROTESTAR contra o roubo ,a corrupção, o novo-riquismo...
Celebremos ABRIL na firme convicção de que as mulheres têm um papel preponderante nestas causas!
Alguém, sabiamente, dizia ,há dias: " As mulheres têm duas armas importantes para lutarem : os tachos a bater forte nas ruas, em demonstração de FOME e a fome que podem provocar aos seus homens, em período de GREVE..............
BOA E SANTA PÁSCOA PARA TODOS VÓS!
terça-feira, 19 de abril de 2011
segunda-feira, 18 de abril de 2011
FECHO-ME EM TI…
Fecho-me em ti, piano da VIDA,
Ao tocares a ferida do meu sentir.
Fado dolente…
Coração ardente, perdido nos ares que respiro…
…onde não perduro…
Se ao menos as flores abrissem, ao som dos acordes
Da força que irrompe do botão de rosa, a florir…
Se ao menos as aves cantassem a sonata do meu correr
Para ti, na madrugada da Imaginação…
Se ao menos uma semente germinasse ao som
Dos meus sentidos…a esperarem-te…
O mundo parou, no momento em que o vento
Ao passar em mim, deixou teu rosto no meu tormento.
Até a Lua navegou …de Crescente em Crescente…
Ruídos do teu ALÉM, sinto-os eu também,
Dentro da Saudade, estranha, potente, dessa luz navegante…
Tão noite, já! O teu amor adormeceu…
E montanha poderosa afasta-me da rosa de um sorriso teu!
Que faço, desta NOITE, escura como breu?
Faúlhas do meu desejo perdem-se nos ares,
Nos mares, nos lugares por onde perpassa teu cheiro,
No som de uma força
Que me ameaça…
Do fundo da terra, espiral de sensações irrompe, em força!
Vulcões em brasa…lava- magma -escorrido
Na guerra do FOGO contra o FOGO!
Pedaços de mim rebentam em ti…
Flores da Primavera, em longa espera do Sol de Verão,
Perdem-se no mar da Emoção…sem Razão.
Sonho o que me falta…falta-me tudo, do NADA que sou!
E escrevo, entretanto…espalho meu pranto,
Vivendo apenas o que posso ser…ALMA-MULHER!
C11L-28- (mqc) MRÇ/011
sexta-feira, 15 de abril de 2011
quinta-feira, 14 de abril de 2011
Música portuguesa...
Um problema ,ou no you tube ou na NET, está a impedir-me de postar a música que prometi ,aos meus irmãos e amigos, de tantos países! espero que se resolva, depressa ,para cumprir a minha promessa!
Beijinhos da Mª ELISA
Beijinhos da Mª ELISA
Música portuguesa
foto google
Música para os portugueses que me acompanham , do mundo, e que apreciam este tipo de música, que lhes lembra as particularidades do nosso país.
Um ar de alegria...que é o que nos falta, neste momento, face à terrificante situação económico/financeiras que estamos, com vergonha e miséria, a viver, enfonhados na bancarrota!
Música para os portugueses que me acompanham , do mundo, e que apreciam este tipo de música, que lhes lembra as particularidades do nosso país.
Um ar de alegria...que é o que nos falta, neste momento, face à terrificante situação económico/financeiras que estamos, com vergonha e miséria, a viver, enfonhados na bancarrota!
quarta-feira, 13 de abril de 2011
REFLEXÃO: À ESQUINA DO TEMPO...
foto google
Num poema que publiquei, há dias, intitulado “À esquina de tudo”, encontrei motivo de reflexão, pois que o tema se presta a um posicionamento mental que engloba o TEMPO, como sendo a VIDA que cada um de nós tem. Dei comigo a pensar que, mesmo que nisso não pensemos, o quotidiano decorre com as nossas alegrias e as nossas tristezas, só porque o Tempo está sempre ali… à “esquina”! Faz parte do nosso percurso até que deixemos de existir, tal como ditam os deuses, que tudo sabem de nós e que, logicamente, nada nos dizem…
Só a Natureza, mãe orgulhosa das sombras e dos frutos com que nos presenteia, resiste ao terrível vexame de “acabar”… Rejuvenesce todos os anos, de todos os tempos conhecidos… consegue fugir à malfadada “esquina”; para ela, não há fim a que não se siga outro memorável princípio! Das doutrinas, filosóficas e teológicas dos amantes naturais da terra, os Druidas e os Celtas, há uma que sobressai e se relaciona também com o aspecto humano: “A alma humana é como a alma da Natureza: esta última não morre e as almas dos corpos, depois da morte, passam a outro “corpo”, seja ele o que for”.(in Os druidas e os celtas-HENRY D’ARBOIS).
Aqui, meus amigos, entra em acção o meu estimado cepticismo: não partilho desta terrível ideia de vir a ser um nabo ou uma portentosa sequóia… Não acredito nisso! Por tal motivo, ponto final nesse disparate e volto à minha linha de pensamento inicial: se me sinto a todo o momento”À esquina do tempo”, capto, pelos Sentidos ,os cheiros desse tempo que vai passando, batendo na minha face com o seu som e o seu toque original, que eu sinto sem ouvir… o Tempo não se ouve… tem-se, enquanto se tem!
Calma, não falo do VENTO…Falo do TEMPO, essa coisa misteriosa que é VIDA, que é PRESENTE e PASSADO… FUTURO, sê-lo-á? E, sendo VIDA, EU posso preenchê-la, seja noite seja dia, com a paisagem circundante, onde oiço os sons de vida dos pássaros, onde vivo o luar, onde alojo o ruído familiar do sino da minha aldeia, onde sinto a mão pesada, quer do SOL, quer da Chuva, no meu corpo, onde me dobro para apanhar uma flor ou um fruto…
Falo de outros tipos de coisas que fazem TEMPO-VIDA, como as melodias que o génio e o sentimento humano criam e encantam os meus sentidos e emoções, embalando-me o ouvido e o coração, fazendo-me cantar… dizer PALAVRAS, esse sagrado Sumo de MIM, "SER em COMUNICAÇÃO!"
Como ALBERTO CAEIRO (PESSOA) dizia:
“…Da mais alta janela da minha casa
Com um lenço branco digo adeus
Aos meus versos que partem para a Humanidade. (…)”
Pode estar-se, alguém pode estar mais `”esquina do tempo”, do que quando lê PESSOA?
PODE, SIM!
Poderá alguém estar mais à esquina do tempo, do que quando lê PESSOA?
Pode , sim!Pode, quando , ao ir pelo mundo fora, na sua vivência humana, contacta com outras culturas, outras gentes,outras paisagens do incomensurável ÉDEN que é o UNIVERSO, a TeRRA em que vivemos;ou então, quando deixa passar o tempo de vida na congruência da sua adaptação , quase feroz, ao meio ambiente do seu telurismo!
Pode Sim!... , quando se enriquece culturalmente, quando enfrenta a aspereza da vida... Em pleno agreste Oceano, ali na Ponta de Sagres, sentindo perigos velhos,
com o ar carregado de humidade, com os ventos furiosos uivando como lobos ferozes e com o marulhar das águas do mar a desfazerem-se de encontro aos promontórios grandiosos...ou , ao olhar estes mares conhecidos das naus e caravelas... o homem está também," à esquina do TEMPO", pois venceu, na grandiosidade , os monstros e mostrengos, horrores e temores, que o forçaram a rodar, enérgico, a força da roda do leme!
Pode sim!...Quando ,ao recuar, nessa esquina,vai encontrar, de rompante , AFONSO HENRIQUES no campo de batalha, onde "começou o SONHO" e pode sim, quando se encontra em ALJUBARROTA, em 1385, frente aos castelhanos que venceu...
Recordo que perdeu ,no confronto com a "esquina do Tempo" ,em ALCÁCER- QUIBIR. com a loucura de SEBASTIÃO, O DESEJADO... Mas pôde vencê-las também, quando em 1910, por ruas e ruelas de LISBOA, levantou, bem alto, a BANDEIRA DA REPÚBLICA!
PODE sim! vencer a maldosa "esquina do tempo", quando vê o SOL de Portugal, diferente, acolhedor , brilhante... tanto, que não há esquinas oblíquas que vençam o QUERER do "pequeno bicho da terra"( CAMÕES).O mais significativo ,para cada um de nós, em qualquer contexto, seja ele histórico ou cultural, é manter uma visão de lucidez, lutar por uma vida decente no meio das Nações e fazer com que o inferno e a esperança consigam conviver, na palma da nossa mão ..Procurar o equilíbrio para sobreviver às "esquinas"exige auto conhecimento... e ter a consciência de que é preciso brincar com a Primavera e gozar o prazer de sentir as folhas das árvores na mão ou a neve a derreter-se por baixo dos pés...
Mas é também ler AQUILINO RIBEIRO, SHAKESPEARE, EÇA DE QUEIRÓS, MÁRIO QUINTANA, NatÁLIA CORREIA ,MIGUEL TORGA... SOPHIA...É usar o Dicionário e admirar a riqueza metalinguística (significado)das palavras, sabiamente encaixadas no contexto da MENSAGEM, de tal modo que chegamos à conclusão de que o pobre D. QUIXOTE de CERVANTES é uma verdadeira paródia ao mundo moderno, no qual os "nossos" políticos, banqueiros ,empresários, não são mais que os "SANCHO PANÇA" desta ILHA da BARATARIA,em que o mundo se transformou, para eles vencerem!
Não permitamos que as arestas das "esquinas"firam o nosso coração ou varram a nossa existência! Estejamos às "esquinas", se for necessário,com a dignidade daquilo que somos : seres humanos, com direitos e deveres( em PORTUGAL, infelizmente, mais deveres sem direitos!)
RECUSEMO-NOS A SER TÍTERES, nas mãos dos desgovernantes!
GostoNão gosto · · Partilhar · EliminarJosé Luis Fernandes, Teresa Devesa, Domingos Xarepe e 3 outras pessoas gostam disto.
José Da Costa Velho "Repelem as agruras na vida , as almas sonhadoras que da poesia retiram alimento , e mesmo no combate há um bálsamo de festa ." J/cV!
há 20 horas · Não gostoGosto · 1 pessoa
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Num poema que publiquei, há dias, intitulado “À esquina de tudo”, encontrei motivo de reflexão, pois que o tema se presta a um posicionamento mental que engloba o TEMPO, como sendo a VIDA que cada um de nós tem. Dei comigo a pensar que, mesmo que nisso não pensemos, o quotidiano decorre com as nossas alegrias e as nossas tristezas, só porque o Tempo está sempre ali… à “esquina”! Faz parte do nosso percurso até que deixemos de existir, tal como ditam os deuses, que tudo sabem de nós e que, logicamente, nada nos dizem…
Só a Natureza, mãe orgulhosa das sombras e dos frutos com que nos presenteia, resiste ao terrível vexame de “acabar”… Rejuvenesce todos os anos, de todos os tempos conhecidos… consegue fugir à malfadada “esquina”; para ela, não há fim a que não se siga outro memorável princípio! Das doutrinas, filosóficas e teológicas dos amantes naturais da terra, os Druidas e os Celtas, há uma que sobressai e se relaciona também com o aspecto humano: “A alma humana é como a alma da Natureza: esta última não morre e as almas dos corpos, depois da morte, passam a outro “corpo”, seja ele o que for”.(in Os druidas e os celtas-HENRY D’ARBOIS).
Aqui, meus amigos, entra em acção o meu estimado cepticismo: não partilho desta terrível ideia de vir a ser um nabo ou uma portentosa sequóia… Não acredito nisso! Por tal motivo, ponto final nesse disparate e volto à minha linha de pensamento inicial: se me sinto a todo o momento”À esquina do tempo”, capto, pelos Sentidos ,os cheiros desse tempo que vai passando, batendo na minha face com o seu som e o seu toque original, que eu sinto sem ouvir… o Tempo não se ouve… tem-se, enquanto se tem!
Calma, não falo do VENTO…Falo do TEMPO, essa coisa misteriosa que é VIDA, que é PRESENTE e PASSADO… FUTURO, sê-lo-á? E, sendo VIDA, EU posso preenchê-la, seja noite seja dia, com a paisagem circundante, onde oiço os sons de vida dos pássaros, onde vivo o luar, onde alojo o ruído familiar do sino da minha aldeia, onde sinto a mão pesada, quer do SOL, quer da Chuva, no meu corpo, onde me dobro para apanhar uma flor ou um fruto…
Falo de outros tipos de coisas que fazem TEMPO-VIDA, como as melodias que o génio e o sentimento humano criam e encantam os meus sentidos e emoções, embalando-me o ouvido e o coração, fazendo-me cantar… dizer PALAVRAS, esse sagrado Sumo de MIM, "SER em COMUNICAÇÃO!"
Como ALBERTO CAEIRO (PESSOA) dizia:
“…Da mais alta janela da minha casa
Com um lenço branco digo adeus
Aos meus versos que partem para a Humanidade. (…)”
Pode estar-se, alguém pode estar mais `”esquina do tempo”, do que quando lê PESSOA?
PODE, SIM!
Poderá alguém estar mais à esquina do tempo, do que quando lê PESSOA?
Pode , sim!Pode, quando , ao ir pelo mundo fora, na sua vivência humana, contacta com outras culturas, outras gentes,outras paisagens do incomensurável ÉDEN que é o UNIVERSO, a TeRRA em que vivemos;ou então, quando deixa passar o tempo de vida na congruência da sua adaptação , quase feroz, ao meio ambiente do seu telurismo!
Pode Sim!... , quando se enriquece culturalmente, quando enfrenta a aspereza da vida... Em pleno agreste Oceano, ali na Ponta de Sagres, sentindo perigos velhos,
com o ar carregado de humidade, com os ventos furiosos uivando como lobos ferozes e com o marulhar das águas do mar a desfazerem-se de encontro aos promontórios grandiosos...ou , ao olhar estes mares conhecidos das naus e caravelas... o homem está também," à esquina do TEMPO", pois venceu, na grandiosidade , os monstros e mostrengos, horrores e temores, que o forçaram a rodar, enérgico, a força da roda do leme!
Pode sim!...Quando ,ao recuar, nessa esquina,vai encontrar, de rompante , AFONSO HENRIQUES no campo de batalha, onde "começou o SONHO" e pode sim, quando se encontra em ALJUBARROTA, em 1385, frente aos castelhanos que venceu...
Recordo que perdeu ,no confronto com a "esquina do Tempo" ,em ALCÁCER- QUIBIR. com a loucura de SEBASTIÃO, O DESEJADO... Mas pôde vencê-las também, quando em 1910, por ruas e ruelas de LISBOA, levantou, bem alto, a BANDEIRA DA REPÚBLICA!
PODE sim! vencer a maldosa "esquina do tempo", quando vê o SOL de Portugal, diferente, acolhedor , brilhante... tanto, que não há esquinas oblíquas que vençam o QUERER do "pequeno bicho da terra"( CAMÕES).O mais significativo ,para cada um de nós, em qualquer contexto, seja ele histórico ou cultural, é manter uma visão de lucidez, lutar por uma vida decente no meio das Nações e fazer com que o inferno e a esperança consigam conviver, na palma da nossa mão ..Procurar o equilíbrio para sobreviver às "esquinas"exige auto conhecimento... e ter a consciência de que é preciso brincar com a Primavera e gozar o prazer de sentir as folhas das árvores na mão ou a neve a derreter-se por baixo dos pés...
Mas é também ler AQUILINO RIBEIRO, SHAKESPEARE, EÇA DE QUEIRÓS, MÁRIO QUINTANA, NatÁLIA CORREIA ,MIGUEL TORGA... SOPHIA...É usar o Dicionário e admirar a riqueza metalinguística (significado)das palavras, sabiamente encaixadas no contexto da MENSAGEM, de tal modo que chegamos à conclusão de que o pobre D. QUIXOTE de CERVANTES é uma verdadeira paródia ao mundo moderno, no qual os "nossos" políticos, banqueiros ,empresários, não são mais que os "SANCHO PANÇA" desta ILHA da BARATARIA,em que o mundo se transformou, para eles vencerem!
Não permitamos que as arestas das "esquinas"firam o nosso coração ou varram a nossa existência! Estejamos às "esquinas", se for necessário,com a dignidade daquilo que somos : seres humanos, com direitos e deveres( em PORTUGAL, infelizmente, mais deveres sem direitos!)
RECUSEMO-NOS A SER TÍTERES, nas mãos dos desgovernantes!
GostoNão gosto · · Partilhar · EliminarJosé Luis Fernandes, Teresa Devesa, Domingos Xarepe e 3 outras pessoas gostam disto.
José Da Costa Velho "Repelem as agruras na vida , as almas sonhadoras que da poesia retiram alimento , e mesmo no combate há um bálsamo de festa ." J/cV!
há 20 horas · Não gostoGosto · 1 pessoa
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domingo, 10 de abril de 2011
POEMA : ERRANTE...
Foto GOOGLE
NOTA preliminar: este poema foi, ontem, publicado pela 1ª vez, na minha página do FACEBOOK.
Pouco depois, alguém, de nome GRACE FRANCA, deu os parabéns, dizendo que o tinha levado para a página dela.Fui lá ver como tinha ficado...e reparei que ela o publicou ,como se fosse feito por ela!ROUBOU-ME O POEMA, por conseguinte!
Fiz a denúncia no FACEBOOK e EM COLUMBOS, CAPITAL DO OHIO, nos
ESTADOS UNIDOS, onde ela vive!
Sealguém a tiver como seguidora, que se acautele, porque é possivel que ela até esteja a publicar obra que é dos outros, como se fosse dela!
Errante, sob o Sol da imaginação,
deambulo,
ao som da tua energia, na procura da harmonia.
Sorris...Santo Deus! e as aves saem do abrigo...
falam, mansinho, comigo
e voamos pelos céus!
Águas da cascata a deslizar para o rio,
lembram sons do teu querer, em horas de desvario...
Subo as escadas do céu...
...espero-te num canto meu...
...prendo fogo de esplendor,
ao viver o teu fulgor!
Os passos das minhas mãos percorrem
cantos de teu corpo...respiras de modo louco...
Fogosa...receosa de teu abraço viril,
toco teu corpo ardente...pego fogo...fico quente...
Abro-me à paixão fulgurante na perda da razão...
Meu botão de rosa ,em flor, vive a paixão e o amor...
Pelo chão, bocados nossos, perdidos na confusão...
E teu olhar no meu é um transporte para o céu,
ao som de dedos que tocam melodias sem sentido.
na hora do amor apetecido...
Perco emoções reprimidas...
Vivo os sons da tua música, na ponta dos dedos sensíveis
que sujeitam o meu corpo...
Flor em brasa, espero-te no Templo da Vida...
Avanço, timidamente, na rua desconhecida do
teu querer sensual...
Vejo-te fechar os olhos, num renovado querer...
Escondemo-nos nas sombras
do ser perdido em mistérios, da hora de voltar a SER!
Manhã linda!
O Sol desperta...
Reganhamos energia...
Voltamos ao novo dia, no mais fragrante esplendor
de uma sonata de amor!
C11L-36(mqc)-ABL/011
NOTA preliminar: este poema foi, ontem, publicado pela 1ª vez, na minha página do FACEBOOK.
Pouco depois, alguém, de nome GRACE FRANCA, deu os parabéns, dizendo que o tinha levado para a página dela.Fui lá ver como tinha ficado...e reparei que ela o publicou ,como se fosse feito por ela!ROUBOU-ME O POEMA, por conseguinte!
Fiz a denúncia no FACEBOOK e EM COLUMBOS, CAPITAL DO OHIO, nos
ESTADOS UNIDOS, onde ela vive!
Sealguém a tiver como seguidora, que se acautele, porque é possivel que ela até esteja a publicar obra que é dos outros, como se fosse dela!
Errante, sob o Sol da imaginação,
deambulo,
ao som da tua energia, na procura da harmonia.
Sorris...Santo Deus! e as aves saem do abrigo...
falam, mansinho, comigo
e voamos pelos céus!
Águas da cascata a deslizar para o rio,
lembram sons do teu querer, em horas de desvario...
Subo as escadas do céu...
...espero-te num canto meu...
...prendo fogo de esplendor,
ao viver o teu fulgor!
Os passos das minhas mãos percorrem
cantos de teu corpo...respiras de modo louco...
Fogosa...receosa de teu abraço viril,
toco teu corpo ardente...pego fogo...fico quente...
Abro-me à paixão fulgurante na perda da razão...
Meu botão de rosa ,em flor, vive a paixão e o amor...
Pelo chão, bocados nossos, perdidos na confusão...
E teu olhar no meu é um transporte para o céu,
ao som de dedos que tocam melodias sem sentido.
na hora do amor apetecido...
Perco emoções reprimidas...
Vivo os sons da tua música, na ponta dos dedos sensíveis
que sujeitam o meu corpo...
Flor em brasa, espero-te no Templo da Vida...
Avanço, timidamente, na rua desconhecida do
teu querer sensual...
Vejo-te fechar os olhos, num renovado querer...
Escondemo-nos nas sombras
do ser perdido em mistérios, da hora de voltar a SER!
Manhã linda!
O Sol desperta...
Reganhamos energia...
Voltamos ao novo dia, no mais fragrante esplendor
de uma sonata de amor!
C11L-36(mqc)-ABL/011
quinta-feira, 7 de abril de 2011
Mensagem de Fraternidade...
FOTO GOOGLE
Neste momento em que os nossos irmãos do RIO de JANEIRO choram lágrimas de dor e revolta pelas crianças assassinadas por um louco, numa escola da cidade, endosso as minhas profundas condolências aos pais e familiares, bem como à cidade , que não compreende tal brutalidade.
A vida ,infelizmente , também é feita destas tragédias.
Que DEUS os tenha na Sua Mão, estes meninos- flor!
Neste momento em que os nossos irmãos do RIO de JANEIRO choram lágrimas de dor e revolta pelas crianças assassinadas por um louco, numa escola da cidade, endosso as minhas profundas condolências aos pais e familiares, bem como à cidade , que não compreende tal brutalidade.
A vida ,infelizmente , também é feita destas tragédias.
Que DEUS os tenha na Sua Mão, estes meninos- flor!
"ESTÁ PARA NASCER UM PRIMEIRO-MINISTRO...
Uma dissertação, muito curta, sobre esta frase de sócrates.
Na realidade, está para nascer um homem que, como primeiro ministro, tanto tenha falhado, fora das ruas mundiais onde costuma fazer a sua manutenção de elegãncia...Preocupado em submeter as pessoas ao seu autoritarismo e à sua arrogância, foi-se esquecendo de falar verdade ao povo, porque a verdade dói e não dá votos...
Apegado ao poder, sem nada mais sentir que "implantar-se" ,à força, se preciso fosse, no poder, seu palco de afirmação pessoal, desprovido de sentimentos de humanismo, desconhecedor das realidades das injustiças mais gritantes desta sociedade que ele manipulou ao longo de 6 anos...fez o seu habitual discurso de vitimização, ontem, arrogando-se o direito de se considerar deus-herói-santinho...ao dizer que só ele fez tudo para SALVAR O PAÍS!!!
E agora pergunto: se fez tudo...onde estão os resultados dos casos em que o seu nome foi envolvido-alegadamente!-e que, por força de casos maiores, foram ficando no segredo dos deuses?
Caso FREEPORT...CASO FACE OCULTA...FeCHO DO JORNAL DE 6ª feira ,na TVI...Caso PORTUCALE...CASOS BPN, BPP...etc onde, parecendo não estar envolvido, também nada fez para que os "dias loureiro" cá do sítio, devolvessem a PORTUGAL, o dinheiro que foi roubado e que os pobres e reformados ,estão a pagar, com língua de palmo, a tal língua que em milhares de casos já não sabe, há muito, o sabor de um bife...
Estamos, hoje, pelos piores motivos, nas bocas do mundo! Estamos, hoje, mais angustiados que nunca!Perdemos a dignidade por culpa do amor à mentira e à dissimulação...Olhamos para os nossos ordenados e pensões e perguntamo-nos onde e o que nos vão SACAR mais para todos os PECs que hão-de vir...
Perdemos ,definitivamente, a confiança em todos os cretinos que nos têm dado cabo da esperança e desejamos, ardentemente, varrê-los todos da nossa vista!
Mas...depois...que alternativas? mais do mesmo, mesmo que com outros?pois se sabemos que ,no dito BLOCO CENTRAL, todos são amigos, amigos de amigos, abutres à espera da carcaça para encontrar um "pouco de carne"...de tachos...de honrarias...de fotografias na TV...de famas e glórias...
em toda esta situação angustiante, ainda bem que pediram a ajuda que eles já sabiam que iam pedir! Já não suportava tanto sufoco! E, como diz o povo, que seja o que deus quiser...
segunda-feira, 4 de abril de 2011
POEMA: PELA NOITE DENTRO...
Pela noite dentro…
Escrevo…Solidão…
Por vezes, no meu cantinho,
Aparecem vultos do PASSADO
Que se debruçam sobre o meu ombro
Delineando o contorno dos meus pensamentos…
Vozes amigas que saem das paredes…
…que respiram o ar dos meus medos…
…que conhecem o sagrado dos meus segredos…
Ficam a meu lado,
Ouvem a música do meu agrado
E amam as plantas que dormem, cúmplices,
Na HORA- DE- TODAS- AS- MEDITAÇÕES/SOLIDÕES!
Campos iluminados pelo pálido reflexo da LUA,
( qual beldade misteriosa!)
Alumiando a vida de castelos vazios e nus,
Sofrem a mesma misteriosa amargura…
…a da SOLIDÃO!
MOZART…SERENATA AO LUAR…
O coração baila, sem parar…
Paro para cantarolar…
E penso na VIDA, em ti, que não estás comigo,
Que repousas noutra “NOITE”…perdido na montra do SONHO!
EU, AFUNDO-ME EM PASCOAES E RÉGIO…
QUE SORTILÉGIO! “Não, não vou por aí…”
SENHOR DEUS, CREIO OU NÃO CREIO EM TI???
CHAMO-TE, NO AUGE DA DOR…
E NÃO RESPONDES, SENHOR!
SEI QUE ME FAZES COMPANHIA
A ESTA HORA EM QUE O DIA
CEDE LUGAR À NOITE FRIA!
Oiço, nesta melancolia, a tempestade
No mar, rebentando contra as rochas
Alcantiladas, enquanto as ondas se desfazem no areal,
Carregadas de cadáveres de conchas e búzios…
Parentes de nautas de outras “IDADES”…
(Sei de uma princesa,
Presa num castelo de dúvidas,
Que ouve o vento a respirar mais forte…
Vento de MORTE,
Que afogou navegadores conquistadores de outros castelos
De pimenta, canela e outras riquezas maiores…)
Sei de MIM-SER- CÓSMICO…
SEI da minha fragilidade na pretensa PROCURA
DA VERDADE!
SEI de MIM…na extrema SAUDADE…
…no medo da aparente ETERNIDADE!
DENTRO DE MIM…HÁ UM IMPÉRIO
De MISTÉRIO
Que ainda posso guardar, sem ninguém a murmurar…
C10/61(mret.)- JAN/011
sexta-feira, 1 de abril de 2011
Poema: SAMADHI
Orientais filosofias, diferentes vivências do dia-a dia
no procurar a verdade da existência,
saem do meu interior espiritual,
em acalorada veemência...
SAMADHI...vitória do só tentar compreender!
E do lamaçal da vida nascem Lótus, cheios de divinais odores
escapando, na glória de sobreviver, aos paúis do entristecer!
Campos de lírios macios, plantados no delírio, em pelos originais
da génese cósmica do meu íntimo a arder, ressaltam de mim
ao aceder a humanos, normais desejos de me afirmar!
SAMADHI!
Não me fecho...desejo!
Recuso-me a não participar da vida, missa campal despida,
que me chama e me reclama,
quando me beijas no calor de um abraço...que desfaço
no campo- lótus que arrasa meu peito, feito a teu jeito...
No doce balouçar do Vento da Chamada
danço uma dança sagrada...
desinibida...
qual CANTATA que perfuma de sons meu corpo inteiro,
no Sonho...sobranceiro a levezas das impurezas!
SAMADHI!
Eu...Tu...em MIM e em Ti!
E sou bóia da imaginação...pura e devassa...
para ti que me sacias, no calor da noite espessa,
ou do dia em alegria, na aragem do Vento que perpassa...
...no Fogo do vulcão que extravaza...que nunca diz NÃO...
...que responde à explosão do meu DESEJAR-A- AMAR ...em TI!
SAMADHI...sexo puro e louco que se transmuta no calor da Purificação,
minha paixão original limpa, porque natural!
Então, procuro em ti o que tiras de mim...
abro-me à natureza que gera...que cria em harmonia...
...e SOU...porque no AMOR, ACONTEÇO!
Samadhi...pureza do lodo da Vida!
Sobremesas divinais de incomparável doçura
servidas são no prato de um arco-íris, colorido e possante,
que atravessa meu pólo a pólo, nos buracos do tesouro que procura...
Sirvo-me
e serves-te tu, no delírio da ternura...na procura
do viver a arder ...do ovo do vulcão do meu SER...
Gula...prazer no meu entreabrir a flor da sobremesa do EXISTIR!
Meu segredo matricial oferece-se na hora de me perder
que ainda estou por viver...
Doces sucos escorrem do doce imaginário que guardo
no meu sacrário de amor...
SAMADHI----MEU CORPO!
Cubro a dádiva com uma colcha de puro damasco,
que não descubro enquanto não tiver os fonemas certos
para as horas de uivos sacramentais,
abismos lexicais de prazer...que estou por viver...
Vulcão ...este CORPO-SAMADHI, onde EROS se perde de paixão,
de gozo e perdição...júbilo e reabilitação!
Erecta exaltação da Verdade,
guardo a pureza da Realidade
nas Sintaxes da Morfologia- cósmica do MEU-CORPO-TEU...
...divindade do EU...
C11L-29/ ABL/011--(mqc-18)
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