quinta-feira, 4 de abril de 2024

POEMA

 POEMA

DE UM SOPRO
Canto o enorme recanto
Onde o vento guardou
Lágrimas do pranto
Das folhas que arrebatou
De um sopro
O eco da maré de um poema
Ouviu-se sobre a dura falésia
Onde, assustadas, pousam gaivotas
Mesmo habituadas a ouvir o MAR
De um sopro
Flutuo no meu navegar
Nas molduras da memória
Dos cantos de um trovador
Que se perdeu pelo cais
Quando amanheceu um povo
Que partiu da Pátria aos ais
De um sopro
As guitarras deliraram
Acordes em tom de Saudade
De uma-época-todas-as-épocas
Do furioso mar-a-enfrentar
DE UM SOPRO
CANTO
CHORO
LAMENTO
EMOLDURO O SENTIMENTO
NUM POEMA QUE ESCREVO
©Maria Elisa Ribeiro-PORTUGAL
Tds os Direitos Reservados

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