quinta-feira, 4 de abril de 2024

POEMA: INVERNO




                                     INVERNO



Chegou o Inverno e, com ele, o frio tomou conta da noite,

instalando-se, prazenteiro, na vida de quem se senta à lareira.

O que vivemos como sol de Verão, é agora chuva e neve,

tempestades de vento e árvores sem mantas que tombem para o lado.

O encanto da Lua deixou de brilhar

                                                      e passou a ser um punhado de escuridão.

 

O Inverno  que  chegou,

 lembra-me o teu olhar frio,

 misterioso,

sempre sedutor, apesar da chuva.

 

Em meu olhar,

 enquanto o frio destrói todas as memórias de devaneios e

alucinações,

o Inverno não se atreve  a ser mais do que isso

 e cada dia me

apresenta uma nova alvorada num novo dia onde vive a Alegria.

 

O frio é tanto

que dói

e não me deixa ouvir as batidas de saudade,

                                                               que me vivem no coração...

 

As muitas árvores que sobrevivem no Inverno, conseguem viver à custa da seiva

dos montes, das raízes e fazem reviver os campos, as montanhas e as belas flores

que, embora menos numerosas, se espalham por todo o lado.

 

Com o Inverno chegou o vento, que se dedica a varrer os telhados e as folhas

dos nossos jardins,

enquanto o céu,de momento a momento, permite que o sol nos mostre sua bela

cor dourada.

 

Não posso esquecer que o AMOR é como as quatro estações do ano,

que sobrevivem só quando estão juntas ligadas umas às outras,

                                                                                            no Tempo que vai chegando.

 

 

 

 

©Maria Elisa Ribeiro

FEV/2024 

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