NÃO CONTES
O
QUE SÓ NÓS SABEMOS
(Ouço “SMOOTH FM”...)
São tantas as poesias de amor cantadas, que é práticamente
impossível
não sentir o coração balançar, estremecer, dançar...
Tenho as mãos ocupadas...
ora com teus cabelos,
ora com a caneta
minha eterna companheira de segredos
que não conto,
* mas a que aludo.
Nelas vivem anjos que,
nas horas de solidão,
*me ensinam os segredos
com que as deusas acariciam os rostos-seus-queridos...
como devo ter meus
lábios nos teus...
unidos como ostras que não podem abrir
sempre que querem,
pois é o mar quem
manda e comanda a humanidade das nossas vidas.
Aprendo, ainda, a sarar as feridas que saltam do teu olhar e
cicio-te aos ouvidos
o meu modo de te amar
**...Não
contes...não digas a ninguém...
As sereias estão à espreita para contigo brincar.
Não creias naquelas cores de damas-a-enganar...
Minhas mãos plantam
rosas, também.
** Enterro-as pela terra dentro,
apanho o orvalho sedento
do vermelho do nosso sangue a ferver,
e afago teu rosto quente
**que agora
deixou o mar.
Continuas a meu lado
e são horas de regressarmos.
É hora de comer e não quero ver-te faminto(como estão as
mariposas),
quando o sol não lhes dá, nem sequer luz,
*** que lhes sirva de sustento.
Sei que não contarás os nossos segredos...
***Lembra-te
que o Poeta passa as
suas mensagens,
***através de palavras
que qualquer um pode ler...
©Maria Elisa Ribeiro
Todos os direitos reservados
SET/2021
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