quarta-feira, 8 de novembro de 2023

POEMA

 





                      NÃO CONTES

                                           O QUE SÓ NÓS SABEMOS

 

 

 

(Ouço “SMOOTH FM”...)

 

 

 

São tantas as poesias de amor cantadas, que é práticamente impossível

não sentir o coração balançar, estremecer, dançar...

Tenho as mãos ocupadas...

 ora com teus cabelos, ora com a caneta

minha eterna companheira de segredos

 que não conto,

                       * mas a que aludo.

Nelas vivem anjos que,

 nas horas de solidão,

                            *me ensinam os segredos

com que as deusas acariciam os rostos-seus-queridos...

 como devo ter meus lábios nos teus...

unidos como ostras que não podem abrir

sempre que querem,

 pois é o mar quem manda e comanda a humanidade das nossas vidas.

 

Aprendo, ainda, a sarar as feridas que saltam do teu olhar e cicio-te aos ouvidos

o meu modo de te amar

                                         **...Não contes...não digas a ninguém...

 

As sereias estão à espreita para contigo brincar.

Não creias naquelas cores de damas-a-enganar...

 Minhas mãos plantam rosas, também.

                                                       ** Enterro-as pela terra dentro,

apanho o orvalho sedento

do vermelho do nosso sangue a ferver,

 e afago teu rosto quente

                                          **que agora deixou o mar.

  Continuas a meu lado e são horas de regressarmos.

 

 

É hora de comer e não quero ver-te faminto(como estão as mariposas),

quando o sol não lhes dá, nem sequer luz,

                                                                    *** que lhes sirva de sustento.

 

Sei que não contarás os nossos segredos...

                                                                ***Lembra-te

 que o Poeta passa as suas mensagens,

                                                                    ***através de palavras

que qualquer um pode ler...

 

 

 

©Maria Elisa Ribeiro

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SET/2021

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