NOCTURNOS
Vibra nos
ares uma neblina mansa
E,mais ao
longe, batidas pelos astros, brilham
Encruzilhadas
húmidas em sombras que,
Suspensas,
te interrogam.
De ti como
da noite,
mostram-se trevas em lágrimas de sangue
e sorrisos
dispersos ,
que a
verdura deixou em pedras brancas desfeitas.
Ah, abandona
lugares comuns “como a noite passa...”,
Esquece a
resposta que me deste
na passada noite dos oníricos folguedos,
e não tenhas
medo que as
brutas sombras te questionem,
ou te escondam
o verdadeiro caminho.
Entreabre os
lábios apenas, para que eu possa reconhecer
o odor do
respirar gotas de amor,
longe da aurora que ‘inda nos tarda...que
‘inda nos resta.
©Maria Elisa Ribeiro-2022
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