ESGOTO-ME A REMEMORAR
Sonho...rememoro...escrevo sangue!
Não quero, SENHOR, morrer
a sonhar!
Esgoto as memórias a escrever
E encho os dedos de chagas
Permitindo às mãos que gritem
O sangue que nelas corre.
Perco-me nas ilusões que as recordações me permitem
E digo à Morte que- me -não- interrompa- o SER.
Tudo fiz do que a Vida delineou desde a Hora em que vi a
Luz!
A Vida tudo me pediu e só não fiz o que me -gritei...
Voltarei a gritar que ainda tenho que fazer
E que ainda é cedo para VIAJAR!
Não tenho passaporte
nem comprei bilhete para a viagem.
Ó Morte! Sai dos atalhos que piso, deixa-me os caminhos
livres
E dar-te-ei a glória de tudo-o-que-me-falta-fazer!
Vai-te!Leva as armas, os charcos, as ruínas, os Inocentes
que pisas!
Eu correrei ainda para apanhar o que é belo...as flores...os
frutos e as sementes
Da PAZ...
Quando já não puder, descansarei...
©Maria Elisa Ribeiro
Todos os direitos reservados.
OUT/2021
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