POEMA:
BREVES
Uma nesga de rio chama-me ao cair o dia-a-chamar-pela-noite.
As melancólicas águas tornam-se sombreadas, cobertas por
neblinas espessas.
Meus olhos , cor de mar do destino, abandonam-se na neblina
a deslizar pela húmida pele do rio, que corre para o mar do destino ,a lutar
por gotas de maresia
que temperem a secura da eternidade.
Fora de mim, um sol quente abrasa as noites de tempestade
onde-me-sou, sempre a aspirar veios de liberdade.
Dentro de mim, nadam palavras desfeitas em
sílabas-gotas-de-água, onde o silêncio da noite é uma constante mágoa.
Queria dormir tanto,
que pudesse voltar a nascer…
Maria Elisa Ribeiro
Abril/014
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