FILHOS do UNIVERSO
Indefesos e exilados,
nascem os poetas nas
horas
do mistério,
sobranceiras à
melancolia das ternuras.
Quase sonâmbulos, quase verdes como ramos primaveris
sangrando Esperança,
Quase ciganos em trânsito vagabundo,
como luar que passeia
de varanda em varanda,
de papel em papel,
de água de rio-para-a-água-de-mar...
Indefesos e escondidos,
nascem os poetas nas
horas de mistério-a-desvendar,
nos campos e horizontes,
nas asas fartas dos pássaros,
no puro respirar das frescas auroras,
na falsa espuma das nuvens,
nos dedos rendidos aos NOMES, aos ADJECTIVOS, aos VERBOS...
QUE LUTA , POETA, QUE LUTAS na
LUTA pela LIBERDADE!
O que é a Poesia?pergunta-se uma
minoria.
Não sei!
Insisto que “Não Sei”, perfeitamente
convencida
De que, afinal, é esta
insistência que me salva
Na teimosia de persistir
escrevendo!
©Maria Elisa Ribeiro
Todos os direitos reservados
MAIO/021
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