terça-feira, 13 de agosto de 2019

Poema REGººººººººº!




ENTRE ASPAS
Arrumo coisas no meu interior profundo
esperando entender, um dia,
tudo o que ainda não percebi.
Vejo-me tão cruamente viva, que a crua luz
que ontem via, só hoje, verdadeiramente, me iluminou.
Nada sei do mundo-todo-vivo,
porque esse mundo tem a força de um espaço eterno…
Penso na imagem de um ser perdido no
calor abrasador de um “canyon”,
de um deserto
colossal como o do Nevada,
essa estepe estéril
onde não se cria nada…

Tempos houve
em que a ordem natural das coisas era estar pronto a Viver!


São cinco horas da madrugada de todos os dias…
Virá o sol, virá a chuva, virão as neves, virão ainda,
alegres e alvoroçadas, as aves emplumadas.
Possui-me a Interrogação…Entrego-lhe o Ponto de Exclamação
da minha tenacidade de-ir-andando,
mesmo com os joelhos em sangue, na dolorosa Peregrinação.
Não amo a fotografia que não reflecte a verdade do meu interior…
Nem amo o espelho sem alma, que não consegue ver
o que me alegra ou desalma…
Essa sou Eu…
(…entre aspas!)

Continuo a arrumar assuntos no meu interior,
para que a minha verdade profunda me ajude,
neste desejo de entender, não só a Imagem-do-que- não-fui-
mas também do que-vou-sendo-no-que-quero-ser…
Maria Elisa Ribeiro-Portugal
AGT/016

Sem comentários:

Enviar um comentário