quarta-feira, 28 de agosto de 2019

POEMA REGºººººººº!

MEU ALVOROÇO MELANCÓLICO
Minha melancolia perene e activa
vive do olhar perdido disperso pelo mundo,
desde o OUTRORA até ao AGORA do auge da minha identidade.
Passaram idades pelos ventos das eras…
Voaram pássaros místicos em dias de sol e chuva…nasceram
flores que, ao morrerem, sabiam voltar-a-viver…
O círculo da perfeição nunca deixa fechar-se o Portão…
mas o GRAAL desvaneceu-se em caminhos de estranha noite.
Numa clareira iluminada, raízes telúricas desventraram a Terra-Mãe!
Lembro o ONTEM que é meu
e sei que o AMANHÃ é PRESENTE
do FUTURO-que-ninguém-conhece.
Melancolia fria_________Nevoeiro que cobre o olhar
com que rompe, solene, o dia____________Espelho de água
a deslizar em busca de uma camélia perturbante…
Rompe o sol nas terras do NILO a suceder à ronda das luas.
Acordam as Esfinges, perturbadas com os deuses dos futuros
desconhecidos, enquanto o Tempo fia o ciclo de um eterno retorno
__________teia invisível-a-residir-no-ovo-do-TEMPO__________
Melancolias áridas de modeladas entoações__________________
____Desespero sombrio de sombras e solidão, de céus vazias_____
Ausente de mim, ouço o eco dessa ausência
 que me grita nas veias
a melancolia das viagens distantes,
 adormecida
em areias escaldantes.
AGT/018
Maria Elisa Ribeiro

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