segunda-feira, 12 de agosto de 2019

É disto que se trata.
Tantos, ainda não o perceberam.
Luís OsórioSeguir
POSTAL DO DIA
Amanhã será o dia em que os camionistas de matérias perigosas, os que estão sindicalizados nesta novel estrutura, caminharão para o cadafalso. Está sempre a acontecer e infelizmente sucederá outra vez.
Miseravelmente iludidos por um advogado com ansiedade de protagonismo, crédulos e ingénuos, irão fazer greve e mostrar o seu desespero perante as câmaras de um país que não os apoia. Estão completamente sozinhos e António Costa, ao radicalizar a posição do governo (passando por cima do seu ministro Pedro Nuno Santos que não deve andar muito bem-disposto por estes dias) condenou os camionistas a uma derrota mais do que anunciada. Pedro Pardal Henriques julgou ter o governo e a comunicação social na mão. Julgou poder ter o apoio da Procuradoria Geral da República, da opinião pública, dos partidos da oposição, do Tribunal europeu, dos outros sindicatos, certamente de alguma CGTP. Nada de nada.
E agora restará prosseguir para não perder a face. E um dia, quando Pardal Henriques (que tantas semelhanças tem com outros vendedores de cobra que bem conhecemos) já estiver noutra mais o seu Maserati, os camionistas terão de carregar os escombros e as consequências do que estão prestes a fazer.
É uma pena que assim seja. E espero que esta gente não fique desamparada por ter acreditado em mais um populista de trazer por casa, um manipulador que rebenta com o que está à volta se com isso beneficiar.
Quanto ao que é essencial. Que esta seja mais uma oportunidade para pensar sobre o sindicalismo, sobre o direito à greve, sobre a democracia. Ao contrário do que tenho lido, esta greve, a forma como tem sido gerida, anunciada e conduzida é um atentado à liberdade e ao Estado de Direito. Voltarei ao tema.
LO

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