CONCLUSÕES...
o oceano da tarde…que fundura!
o voo da memória…que loucura!
montanha fácil…montanha dura…que mudança!
que fiz, diz-me horizonte, de tanta juventude-tanta!-
onde brincaram hipóteses, tão repletas de esperança?
o azul-azul do monte dos versos que fui criando
no desperdício da idade pequena em que, sem saber, fui grande…
que tortura!
aves gravaram nos voos ecos dos dias cansados
de hipóteses da eternidade…que doçura!
árvores de sorriso verde latejaram na ravina periclitante,
com o oceano defronte.
flores foram-sendo, de sempre-em-sempre, uma constante
primavera das tardes frescas d’outrora
que levantaram montes de nuvens, de sobre o mar …que lonjura!
numa página branca, guardo o poema que fui-escrevendo,
sempre a rasurar o modo como sentia o ar- a-respirar…oh, que brancura!
descanso?
a poesia não tem descanso…que tontura!
Maria Elisa Rodrigues Ribeiro
Abril/2014
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