"As minhas palavras têm memórias ____________das palavras com que me penso, e é sempre tenso _________o momento do mistério inquietante de me escrever"
sábado, 2 de dezembro de 2017
OBRA REGª
BREVES
Há limites que sabemos não poder passar
uma vez que tudo se aprende com o tempo.
Aprende-se o próprio tempo, os mares e continentes.
Aprendem-se as flores, os insectos e as árvores;
e aprende-se, que as águas do mar provocam a Lua,
quando esta se deita na areia, a descansar.
O dia fecha-se, na varanda nocturna , que abre janelas
mui devagar, até se ver o azul da aurora a clarear.
Mas há limites, que sabemos não poder passar…
A vida e o tempo que,
sabemos, não poder determinar….
As palavras tão certinhas que muitos sabem usar…
As minhas vêm-me do sangue que me faz viver
E palpitam-me nos lábios, quando estou para te ver…
Ah…mas esse limite sei sempre quando vai acontecer!
Tal como sei que as palavras vão dizer
que os cais das despedidas, de lágrimas empedrados
não vão mais acontecer…
Maria Elisa Ribeiro
OUT/017
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