domingo, 17 de dezembro de 2017











POEMAS BREVES

Eu canto a montanha
o vento que embala as folhas
os frutos das árvores amigas
o barro com que te moldo
quando, sorridente, me apanhas.


Canto a grande catedral
as mãos que a ergueram
e os anjos que nela estão
no momento da oração.

Canto a música sagrada
que desce a estrada a correr
quando te vou abraçar…
…e o rio que desliza a levar as águas
para o mar, murmurejando baixinho
o meu canto de encantar.

…e canto a nossa noite escura
quando chegas p’ra me abraçar…

Canto, canto sem parar,
a formiguita errante ,afadigada,
ao som do canto da cigarra
que vive para a animar.

Canto o sol de aquecer
e a Lua de iluminar…
…os passos lentos da terra
que ‘stá para adormecer.

Maria Elisa Ribeiro
JAN/017

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