quarta-feira, 7 de junho de 2017


















Poema: Dia-ventre-luz...

DIA…VENTRE-LUZ…


Do fundo da música, brotam notas vibrantes
a abalarem o silêncio das sílabas, onde repousam os dias.
A imóvel luz do céu permite o crescimento das ervas
enquanto que as flores passeiam por entre as pedras da terra.

O tempo sacia-se…passa o dia, sem qualquer laivo de melancolia.

O Tempo é só seu!

Não depende do voo dos pássaros…nem da força das águas do mar…
…nem mesmo do cantar das pautas de música…
Nem sequer depende do Poeta que , ora o canta, ora o chora!

A água do rio cheira a Tempo-a-fluir…
…e os papagaios falam da beleza das suas asas coloridas
no momento em que o mundo flameja, em espaços de dor e amor.

O dia é sempre uma palavra clara
onde as vogais são felizes
como os girassóis a brilhar!
O dia é o ventre da luz, onde as trevas se escondem
[até às horas dos horizontes.

Olho as palmas das mãos, onde se esconde o silêncio das palavras
[ a guardar segredos do silêncio…
Abro-as ao sol da realidade pulsante dos-olhos-a-cantar…
…e sai uma forma diferente de -ME-SER…num poema-a-refulgir-
-agarrando-o-ar,
para -simplesmente- ACONTECER!

A música é um sol a nascer nas-noites-do-dia e
no-dia-das-noites, onde o poema é música!

Maria Elisa Ribeiro
OUT/013

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