segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

POEMA






 BREVES

Há limites que sabemos não poder passar
uma vez que tudo se aprende com o tempo.
Aprende-se o próprio tempo, os mares e continentes.
Aprendem-se as flores, os insectos e as árvores;
e aprende-se que as águas do mar provocam a Lua,
quando esta se deita na areia, a descansar.
O dia fecha-se na varanda nocturna , que abre janelas
mui devagar,
até se ver o azul da aurora a clarear.
Mas há limites que sabemos não poder passar…
A vida e o tempo que,
sabemos, não poder determinar….
As palavras tão certinhas que muitos sabem usar…
As minhas vêm-me do sangue que me faz viver
E palpitam-me nos lábios,
quando estou para te ver…
Ah…mas esse limite, sei sempre , quando vai acontecer!
Tal como sei
que as palavras vão dizer
que os cais das despedidas,
de lágrimas empedrados,
não vão mais acontecer…
Maria Elisa Ribeiro
OUT/2017

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