quinta-feira, 17 de outubro de 2024

POEMA

 ENTRE ASPAS

*Escondo verdades e mentiras na minha moralidade profunda,
Com o desejo aceso de entender o que ainda não entendia.
*E vejo-me tão cruamente viva ,que a crua luz que vou descobrindo
Só ontem a aprendi...
Foi quando senti
que estava a um passo da descoberta de um império...a um passo de MIM!
*Não sei o que é o Mundo-todo-Vivo,
porque esse Mundo tem a força de um Inferno !
Pensem na imagem de um qualquer ser perdido no inferno abrasador
De um canyon, de um deserto, de uma estepe estéril...
( Permito-vos um intervalo, um “entre aspas” para entrarmos no Mistério.)
*O mistério do silêncio ficou estilhaçado no segundo em que nasci ;
Fiquei isenta de mim,
para aprender o que iria arrumando nos Tempos,
já que sentia que a ORDEM era VIVER.
*Veio o Sol...veio a chuva...virão aves alvoroçadas, insectos e flores.
Mas continua a possuir-me a Interrogação: o que sou? De onde vim? Para onde vou?
Não amo fotografias que não reflectem as verdades do meu interior.
Nem amo os espelhos sem alma, que não sabem mostrar o que nos
Contenta ou desalma...
*Essa sou eu “ENTRE ASPAS”!
Continuo a arrumar coisas, para que o meu profundo moral
Me ajude no desejo de entender a Imagem,
não do que fui, mas do que vou sendo.
Entrego-lhe o ponto de Exclamação
da decisão de ir-andando
Com os joelhos em sangue
da minha esforçada PEREGRINAÇÃO.
©Maria Elisa Ribeiro
OUT/2023
Pode ser uma imagem de Camelo bactriano
Todas as reações:
Tu e a Maria Manuela Pinto

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