sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

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 AGUSTINA BESSA-LUÍS: A GRANDE DAMA DA LITERATURA PORTUGUESA

Agustina Bessa-Luís (1922-2019) é um dos nomes mais icônicos da literatura portuguesa. Nascida em Vila Meã, ela estreou com o romance Mundo Fechado (1948), mas foi com A Sibila (1954) que conquistou prestígio, marcando a literatura com sua análise profunda da alma humana e das relações sociais. Com uma escrita densa e visionária, Agustina publicou mais de 50 obras, entre romances, contos e peças de teatro, transformando a literatura portuguesa com sua genialidade.
Reconhecida nacional e internacionalmente, recebeu prêmios como o Prémio Camões (2004), o maior reconhecimento literário da língua portuguesa. Entre outras honrarias, destaca-se o Prémio Vergílio Ferreira pelo conjunto da obra e o Prémio de Crítica do Centro Português da Associação Internacional de Críticos Literários. Neste ano, Agustina foi homenageada pela Câmara de Paris, um marco que reafirma sua relevância mundial como escritora.
Agustina é celebrada como uma voz essencial da cultura portuguesa. Obras como Os Meninos de Ouro e Fanny Owen inspiraram adaptações cinematográficas e continuam a cativar gerações. Sua morte deixou um vazio, mas seu legado permanece vivo como uma referência de excelência literária e intelectual.
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Bom dia, amigos!


 

POEMA dedicado a Bernardo Sasseti







 IN MEMORIAM

Bernardo Sassetti
Mar ciumento de um deus exímio-a-cantar-a-vida…
Uma falésia nocturna doente como esse mar…
Um espírito a amar a inspiração que saltava, em gotas frias,
das ondas desse mar que tuas mãos aqueciam…
Hora trágica… Hora, há muito marcada
no livro-da-Vida, de quem, como tu,a não esperava…
E eis que um piano, sem bóia de salvação escorreu pela falésia
e se perdeu nesse mar,
que não se cansa de levar teclas brancas e negras,
que falam da beleza, do amor, da harmonia da vida-a-jorrar…
( Será tua a sombra daquele barco a passar, Lá-Longe,
cantando o lamento da Hora em que te-foste- perdendo?)
Era tão cedo, Bernardo!
Hoje, os velhos marinheiros teus antepassados, são quem chora,
com emoção, lágrimas de dor, sobre o teu piano
a-entoar- o- nosso-
-triste- Fado-Canção.
Berço-mar-frio…profundo, negro, vazio.
Vazios, nós também…
Sabemos que, para sempre, entoarás
a melodia que nos chega do fundo desse mundo-morte,
até que nos encontremos um Dia…
na Hora…
no Segundo do Tempo
que a tremenda e feroz Hora determinar.
Maria Elisa Ribeiro
FEV/016

quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

LITERATURA

 As palavras só têm sentido quando nos ajudam a enxergar um mundo melhor. Aprendemos a usá-las não apenas para falar, mas para aprimorar o olhar. Pois há muitos que, mesmo com a visão perfeita, são incapazes de ver…

O ato de ver não é um dom natural; é uma arte que precisa ser aprendida. Quando abrimos os olhos, as janelas do corpo se escancaram, e o mundo se reflete dentro de nós.
É nas crianças que encontramos as maiores lições da vida, mesmo sem palavras. Elas não têm saberes acadêmicos para ensinar, mas carregam o essencial: o motivo mais puro para viver.
A verdadeira sabedoria está reservada àqueles que ousam mudar o olhar endurecido pela idade, tornando-se como crianças novamente — abertas, sensíveis e deslumbradas com a vida.
~Rubem Alves, in “Essencial” - 300 pílulas de sabedoria, Editorial: Planeta.
Para os amantes de literatura, já podem acessar ao nosso grupo de literatura no telegram: https://t.me/sobreliteraturaa
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Bom dia, amigos!


 

POEMA

 MINH'ALMA NÓMADA

Minh’alma nómada
repousa só na Paz.
Passa por ventos
Tantos tormentos
Sóis violentos
Mas repousa só na paz...
Canso-me.
Não consigo
Acompanhar o
Seu ritmo pertinaz!
Passam fantasmas
De tempos idos,
Histórias d’outras eras
Pecados antigos.
Espera, alma minha, não partas já!
Vá...adormece...descansa um pouco.
Sente o vento que entra pela fresta da janela
Carregado de um benéfico odor a maresia...
Olha as estrelas que enfeitam o mundo,
Que alumiam os campos
E espalham magia, num rápido segundo.
Esquece as brumas de tristes memórias e
Encaixemos nelas novas lindas histórias.
Depois...
Repousa na Paz das nossas lembranças
E verás surgir comigo
Tantas novas Esperanças!
©Maria Elisa Ribeiro
JAN/2022©

terça-feira, 17 de dezembro de 2024







 Leonardo da Vinci foi um pintor, engenheiro, arquiteto, inventor e estudante de todas as coisas científicas. Seu gênio natural cruzou tantas disciplinas que ele sintetizou o termo "homem renascentista". Hoje, ele continua sendo mais conhecido por duas de suas pinturas, "Mona Lisa" e "A Última Ceia". Em grande parte autodidata, ele preencheu dezenas de cadernos secretos com invenções, observações e teorias sobre atividades da aeronáutica à anatomia humana. Sua combinação de intelecto e imaginação permitiu que ele criasse, pelo menos no papel, invenções como a bicicleta, o helicóptero e um avião com base na fisiologia e capacidade de voo de um morcego.

Da Vinci nasceu em Anchiano, Toscana (hoje Itália), em 1452, perto da cidade de Vinci que forneceu o sobrenome que associamos a ele hoje. Em sua época, ele era conhecido apenas como Leonardo ou como "Il Florentine", pois morava perto de Florença e era famoso como artista, inventor e pensador. Os pais de Da Vinci não eram casados, e sua mãe, Caterina, uma camponesa, casou-se com outro homem quando Da Vinci era muito jovem e começou uma nova família. Começando por volta dos 5 anos, ele viveu na propriedade em Vinci que pertencia à família de seu pai, Ser Peiro, um advogado e notário. O tio de Da Vinci, que tinha uma apreciação particular pela natureza que Da Vinci passou a compartilhar, também ajudou a criá-lo.
Da Vinci não recebeu educação formal além de leitura básica, escrita e matemática, mas seu pai apreciava seu talento artístico e o tornou aprendiz por volta dos 15 anos do famoso escultor e pintor Andrea del Verrocchio de Florença. Por cerca de uma década, Da Vinci refinou suas técnicas de pintura e escultura e treinou em artes mecânicas.
Quando ele tinha 20 anos, em 1472, a guilda de pintores de Florença ofereceu a Da Vinci a filiação, mas ele permaneceu com Verrocchio até se tornar um mestre independente em 1478. Por volta de 1482, ele começou a pintar sua primeira obra encomendada, A Adoração dos Magos, para San Donato de Florença, um mosteiro Scopeto.
No entanto, Da Vinci nunca concluiu essa peça, porque logo depois ele se mudou para Milão para trabalhar para o clã governante Sforza, servindo como engenheiro, pintor, arquiteto, designer de festivais da corte e, mais notavelmente, escultor. A família pediu a Da Vinci para criar uma magnífica estátua equestre de 4,9 metros de altura, em bronze, para homenagear o fundador da dinastia Francesco Sforza. Da Vinci trabalhou no projeto intermitentemente por 12 anos e, em 1493, um modelo de argila estava pronto para ser exibido. A guerra iminente, no entanto, significou reaproveitar o bronze destinado à escultura em canhões, e o modelo de argila foi destruído no conflito depois que o duque Sforza caiu do poder em 1499.
Embora relativamente poucas pinturas e esculturas de da Vinci sobrevivam — em parte porque sua produção total foi bem pequena — duas de suas obras existentes estão entre as pinturas mais conhecidas e admiradas do mundo.
A primeira é "A Última Ceia" de da Vinci, pintada durante seu tempo em Milão, de 1495 a 1498. Um mural de têmpera e óleo sobre gesso, "A Última Ceia" foi criado para o refeitório do Mosteiro de Santa Maria delle Grazie da cidade. Também conhecido como "O Cenáculo", esta obra mede cerca de 4,5 por 8,9 metros e é o único afresco sobrevivente do artista. Ele retrata o jantar da Páscoa durante o qual Jesus Cristo se dirige aos Apóstolos e diz: "Um de vocês me trairá".
Uma das características estelares da pintura é a expressão emotiva e a linguagem corporal distintas de cada apóstolo. Sua composição, na qual Jesus está centralizado entre os apóstolos, mas isolado deles, influenciou gerações de pintores.
A segunda é Mona Lisa ("Senhora Lisa") também conhecida como A Gioconda (em italiano: La Gioconda, "a sorridente"; em francês, La Joconde) ou ainda Mona Lisa del Giocondo ("Senhora Lisa esposa de Giocondo") é a mais notável e conhecida.
Sua pintura foi iniciada em 1503 (terminando-a três ou quatro anos mais tarde) e é nesta obra que o artista melhor concebeu a técnica do sfumato. O quadro representa uma mulher com uma expressão introspectiva e um pouco tímida. O seu sorriso restrito é muito sedutor, mesmo que um pouco conservador. O seu corpo representa o padrão de beleza da mulher na época de Leonardo. Este quadro é provavelmente o retrato mais famoso na história da arte, senão o quadro mais famoso e valioso de todo o mundo. Poucos outros trabalhos de arte são tão controversos, questionados, valiosos, elogiados, comemorados ou reproduzidos.

Bom dia, meus amigos!


 

De Um Sopro






 DE UM SOPRO…

Indefinível o momento em que a infância deixou-de-o-ser.
recordo a cesta de uvas-passas e nozes maduras
misturadas no sótão, com os velhos legados
de outras gerações-
(-o céu era , então, divino, no crepúsculo cravejado de astros brilhantes-)
-o baú não tinha outros diamantes que as pedras cintilantes
da-verdade-que-eu-fui- na- inocência-que-era.
-o odor das nozes e das uvas de então, passou…
…morreu nas aragens do vento, que lhes secou a raiz matricial…
-permanece intacto o receio do sonho na escada-em-caracol-
Só por isso, a tenra idade ainda floresce…
Só por isso, a esperança cresce…
Só por isso, ainda oiço a voz das raízes que estremecem
dentro dos sulcos telúricos
onde as sementes amadurecem-
De um sopro…meu corpo desliza nas névoas
que amanhecem…………………………………………………………………………………………


Maria Elisa Ribeiro-MRÇ/014

segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

Literatura--------Rudyard Kipling

 Houve mil coisas que eu não escolhi.

Chegaram de repente, sem aviso,
e transformaram a minha vida para sempre.
Coisas boas e ruins, que eu nunca procurei,
mas que me encontraram, mudando o rumo dos meus dias.
Foram caminhos que perdi,
uma vida que não esperava viver.
Mas, se não pude escolher o que veio,
eu escolhi como enfrentá-lo.
Escolhi sonhos para colorir meus dias,
esperança para sustentar minha alma,
e coragem para desafiar o inevitável.
Porque viver é isso:
não controlar o que chega,
mas decidir como permanecer de pé.
– Rudyard Kipling
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