sábado, 26 de novembro de 2022

POEMA:

 





ABRAÇA-ME  (2)

 

 

Surgiste como furacão,

 Empurrado pelo vento,

Em fragmentos do céu

Ferido pelo grito de um trovão.

 

Esse momento único foi tão veloz

 Como a força da tempestade

Que se espalhava pelo céu.

 

Senti que a felicidade não tocou meu coração

Pois o relâmpago estrepitoso ofendeu belas estrelas

Que se passeavam serenas

                                          Perante meus ternos olhos.

 

Logo me deste a protecção dos teus braços e eu pedi

para neles me demorar a receber teus beijos,

                                                                  Nesse crepitar de vida,

                                                                       que me correu pelas veias,

Nessa música suave,

                              que soou  aos meus ouvidos,

Nesse divino aroma que se dispersa pelas almas

Que se acolhem, quando se encontram.

 

Abraça-me...assim...como se a noite fosse acabar nos raios de luar

E te levasse a passear,

                                    Por entre florestas iluminadas,

                                       © Estrelas calmas e sossegadas, rios a correrem para o berço-mar...

Beija-me como se o mundo fosse acabar e nada houvesse para nos conter.

Percorre meu corpo quente numa chama de relâmpago

Que se não pode perder...

Deixa-me empalidecer de amor

 Até que a loucura escorra pela parede

                                                     Que nos vai ver adormecer.

 

Enche toda a casa de amor,

 como se fossem flores vermelhas-pujantes,

que eu ponho nos vasos para durar...

 

 

©Maria Elisa Ribeiro

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