(SONHOS de PORTA ABERTA)
Abri as portas do Sonho para que pudesses entrar,
meu vento do espírito desejoso por ficar.
Intactas e perfumadas, conservo as rosas há tanto desfolhadas
confidente, velha irmã,
luz a esconder o triunfo do nosso alvorecer.
A vida é feita de NADAS... no meio dos NADAS és TUDO!
Veio o Sol...veio a vida em clamor, porque de ti quero o TUDO.
Não há momentos de amor que cheguem a nós sem pudor,
Com hora marcada para acontecer.
Não procuro o suficiente,
pois quem se contenta com um simples suficiente,
limita-se a sonhar sem cores, sonha só a preto e branco.
Eu quero viajar no impossível e caminhar no sonho de
Todas as estrelas que me exigem sonhos como os delas.
Ao abrir as portas ao SONHO, sei onde tocar teu corpo
E onde beijar teus lábios de mel,
no primitivo cais dos
abraços desfalecidos...
porque a meu lado estarás tu a incendiar-me a alma
na loucura
da ternura das rosas guardadas da cor de um vulcão, algumas já desfolhadas
pelo chão
a aquecer os antigos cortinados.
De mansinho, esquece a chuva rouca, o telefone que toca
As medusas da beira-mar ou os abismos onde as manhãs flutuam.
Esquece os lençóis amarrotados...
deixa que transpirem cansados
o nosso fogo de Amor...
©Maria Elisa Ribeiro
Abril /2016
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