domingo, 15 de agosto de 2021

POEMA

 Poema

PELE…
Na tua pele
_____a transpirar amor
________deixei gotas de água
___________a suspirar rios ao relento,
_______________poros a murmurar,
___________________e cortinas fechadas
_______________________na Hora-do-nosso-Momento.
Sei bem
quando irás voltar do escuro crepuscular,
sempre que minha pele reage
a um vento sibilante, e acorda o corpo que me habita.
Os anjos costumavam esconder as estrelas…
Era da sua luz que se alimentava a nossa vida,
tal flor tresloucada à procura de um-orvalho-sustento.
Recordo o perfil afadigado das minhas pálpebras
a procurarem ler teu corpo suado…água sagrada…
Na boca,
_________________ ficaram escondidos os beijos trocados,
__________________que eriçavam os poros
__________________ dos nossos sentidos…
Corri as cortinas.
E os livros em que te escrevo começam, devagar,
a divagar a peregrinação das nossas mãos
de quando a lua tremeu de rubor.
Arrumei os lençóis de linho com o teu sabor,
nos poemas que escrevo, à luz de um candeeiro íntimo
que ouviu suspiros de amor.
De linho e cambraia, de seda e jasmim
é o cheiro de ti-que-deixaste-em-mim…
O sol queima o dia das aves, que chilreiam…
_________As searas amadurecem nos cantos de Florbela…
____________Eu chamo-te, muda, daquela janela que deu para
_______________o Outono da Primavera- em- que-fomos Verão.
Oh, Deus…há tantos anos dentro das Horas dos dias de Solidão…
Maria Elisa Ribeiro-Cópia Google de um quadro de Mário Portugal
Pode ser uma ilustração


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