POETAS
Quem sou eu,
pobre de Cristo,
que no meio de poetas
me convenço de que existo?
pobre de Cristo,
que no meio de poetas
me convenço de que existo?
Solidão igual tal
sem ombro para o meu ombro,
(só a da pobre palavra que a navegação
de tantas barquelas ,
nem descobriu no seio delas…)
sem ombro para o meu ombro,
(só a da pobre palavra que a navegação
de tantas barquelas ,
nem descobriu no seio delas…)
Morre a onda anónima na praia de areal espumoso…
…morre a palavra que o simples poeta não encontra,
no seu cansado pensamento ardiloso…
…e morre o poeta desconhecido, por não ter tido a sorte
de ser descoberto, neste deserto de olheiros-cegos…
…morre a palavra que o simples poeta não encontra,
no seu cansado pensamento ardiloso…
…e morre o poeta desconhecido, por não ter tido a sorte
de ser descoberto, neste deserto de olheiros-cegos…
E os dias são espelhos d’outros dias
por onde passearam minhas clandestinas alegrias
que,mal se viram reflectidas sem alma, ME desapareceram,
ME desertaram, ME abandonaram…
por onde passearam minhas clandestinas alegrias
que,mal se viram reflectidas sem alma, ME desapareceram,
ME desertaram, ME abandonaram…
Serei poeta, EU, pobre de Cristo?
JAN/020
Maria Elisa Ribeiro
(Foto Google)
Maria Elisa Ribeiro
(Foto Google)
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