Poema:
NOITE DE SEDA AZUL-CELESTE
à hora em que as tardes descem aspergindo noite nos ares,
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_________ em perspectivas a que podemos chamar lunares.
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_____________________ dormem as constelações no seu espaço,
________________num leito azul de cor celeste,
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a vida da noite é assim que resplandece, sob os raios dourados
das estrelas e a alquimia prateada do luar, que entontece.
o mar, lá mais ao longe, no seu leito de de uma calma tumular, hoje não ruge feroz…
brilha e rebrilha numa calma de dormir, cansado-quem sabe?- de nos aturdir;
o vento nem de sente…parece que não mexe, não faz barulho
e as lagoas adormecem nos seus leitos de pedras, folhas e entulho natural.
os pássaros recolhem em bandos de silêncio aos ninhos
de cortinas de palhais, onde vão ter os seus filhos
.
Passa, Vento, toca-me a face calma como a alma!
Beija-me os lábios húmidos onde tenho teoremas
e quadrados de amor,
que são sonhos que o mundo sonha
para oferecer à Vida,
com o fulgor dos fulgores.
Maria Elisa Ribeiro
Out/016
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