UM SEGUNDO VITAL
Canso-me a acertar a Hora, do velho relógio,
donde me
escapa sempre o Segundo-Vital,
o do
Presente, esse momento virtual…
Sem ele, sou
apenas a ilusão do corpo…
…sou
Passado-lembrança em Vida semeado
e de olvido
cravejado.
Vivo das palavras
de todas as horas!
Só com elas
sou-o-que-SOU e com elas vou onde vão.
Verdade,
verdade é que,
(bem lá no
fundo)!
as palavras
são fortes mas dúbias,
pois
são ponteiros
do Tempo, o
grande senhor do mundo.
Mesmo fora
de horas, de minutos e de segundos,
levo-as
comigo quando passeio, quando fixo a Lua,
quando te
beijo nos momentos de todas as estações e
quando
percorro as areias brancas, à beira-mar-do-meu-tempo…
À beira-mar
das palavras, SOU!
Se as levo,
volto a
trazê-las dentro da eternidade dos poemas,
-(eternos
companheiros da idade)-
onde me
fecho,
num virtual momento,
na ânsia de
encontrar o fio que me liberta
do labirinto
de ideias…
Maria Elisa
Ribeiro
JNH/018
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