sexta-feira, 22 de junho de 2018

POEMA MEU-REGºººººº









…E ONDE SE ESCONDEU O CÉU?


Ando constantemente,
sem outro destino
que não seja
 o do dom divino de OLHAR… OLHAR… OLHAR…
Pertenço à cósmica universal e a criação dotou-me
da capacidade de tudo observar…de amar o que se
me apresenta perante os olhos numa flor a rebentar
ou num pássaro a voar por baixo do sol, a brilhar!
Ando,
quer por fora quer por dentro das normas universais,
a explorar faces desconhecidas da minha Natureza-em-Mim…



Ser rizomático, crio raízes nos princípios-do-meu-fim.



Sou minha pessoa e minha sombra
no calor das minhas extensas raízes
que se expandem…por aqui…por mais além…
…pelas searas, pelas serras e jardins…
…pelos meus versos-com-o-Universo-dentro.



Já não sei do Passado! Não me preocupa, porque já passou…
O Futuro? Que tormentosa ideia!
Ele não é mais que o Presente já envolto numa teia,
vaga dormente do que sou
 e em que me apoio no Momento-Agora
                                    (que…pronto já passou!)

Sou como o leito de um rio manso
onde cansada, descanso…
Recebo sensações de todas as fases da lua que,
com seus raios prateados,
 falam da beleza das superfícies geladas…
…geladas…nuas… como flores enterradas
nas tristes terras molhadas…


Projecto as minhas sombras nos muros das montanhas tamanhas…

Finalmente…
Sou Eu e não sou Eu!

Afinal, para onde foi o céu?



Maria Elisa Ribeiro
JNH/018


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