quarta-feira, 23 de maio de 2018

Poema:










Poema:

UMA GOLFADA DE MAR…

Por vezes, procuramos palavras que tardam em aparecer.

Talvez se percam em labirintos inimagináveis.

Talvez sequem, momentaneamente, como as folhas de Outono
[que hão-de reaparecer…]

Talvez rebentem no brilho inquieto das águas da chuva, prestes a 
[cair…]

Por vezes, sinto que basta apenas Sentir,
para que se alinhem numa pauta de frases que componho,
ao descodificar sensações-memórias-de-outras razões,
confusões das páginas de um dicionário de emoções
onde não sabem como viver…

A luz do sol brilha todos os dias nos espaços irrequietos de MIM…
Sinto falta de um abraço, onde essa luz me sorria…

…um abraço a cheirar a raízes de fortes flores

que indique o norte aos ventos, desnorteados de odores.

Por que não rebenta em mim uma Primavera ousada
de murmúrios dos cânticos, que se não podem cantar?
Se até os rios tumultuosos galgam margens, sem se poderem conter…

Sabes?
Penso que as ondas do mar desafiam Tudo-de-Mim
quando,
livres se deitam, assim…desfeitas em sentimentos por esses areais, sem fim.

Vão-se os séculos…
Vão-se os anos…
Vão-se os tempos…e elas são Sempre, assim…

… por que não me olhas, como se fosse uma golfada de brilho,
nas voltas de uma onda de mar?

Maria Elisa Rodrigues Ribeiro
OUT/013----(Foto Google)

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