"As minhas palavras têm memórias ____________das palavras com que me penso, e é sempre tenso _________o momento do mistério inquietante de me escrever"
terça-feira, 4 de abril de 2017
Poema (Obra Regª)
POEMA
(Ciclo “Rumores poéticos”)
Conheço bem a terra que meus olhos transformaram com o ardor vivo da ajuda das tuas mãos…
Tua terra teu corpo teu olhar minha evasão!
E é sentimento! É desejo! É consagração!
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Essa terra, humedecida de orvalho, parece cristalizada num verniz de tom universal…eu diria mesmo, imortal.
A manhã mostra-se e alarga-se nos caminhos onde eu, pequeno triângulo, obra imperfeita, me divido nas poeiras do alvorecer em total comunhão do meu corpo com o teu, sob um azul mítico de um inominável céu.
Uma a uma, levei comigo as pedras rugosas do alto da serra, para construir o meu lar_____ o fogo que lá brilhou, quase escureceu…Até tenho pudor de falar do que aconteceu na transformação que, entre mim e ti, se deu.
Sinto que, nessa terra, se apagou o ardor das mãos onde o fogo-do-lar viveu e, numa tela a arder-apagada… ali… ficou uma folha amarelecida, de nós afastada, num triste canto da madrugada.
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Escorrem em Mim os sons do meu Outro lado longe do Outro lado de Ti
São sons que falam da fecundação do Outono no conchego da palma da tua mão
onde já nasceu uma nova Primavera…
São rumores…creio neles…vêm do útero da Terra!
Maria Elisa Ribeiro
FEV/016
Foto Google( memória das publicações de há dois anos)
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