sábado, 25 de março de 2017

Poema (Obra Regª)













GOTAS POÉTICAS

Serena e carinhosamente,
gotas de orvalho puro pousaram sobre o natural
cetim aveludado de rubras pétalas de rosa
altivas, abertas , com ar de flor inocente.

De ervas daninhas expurgada, a relva do tenro linho
deu largas aos sentidos sedentos e bebeu, do relento,
o ansiado sustento que, quase filosoficamente, hibernou
numa fresta de terra arada, à espera da semente.

Perdido na noite a flutuar nas gotas de orvalho
ao deus-dará da vida,
anda aquele beijo desejado
que-um dia, quem sabe?
tua boca risonha me dará
como tinha-há tanto!-prometido.

Entretanto, teu olhar sereno anda a espalhar-se ao longo de um louco poema.
Depois virá ao encontro de MIM-COROLA-ANSIOSA que, ousadamente, o beijará.

Serenas pétalas de fogo-rubras-rosas-mimosas!
Corolas-ansiosas-pelo-bico-das-formosas-ardentes-borboletas!
Os raios de Sol gotejam a largar seu brilho pelos campos!

Maria Elisa Ribeiro
MRÇ/017

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